Tuesday , 21 de october de 2014 Evento destaca a humanização do parto em VotorantimBrasil é o país com a maior taxa de cesarianas
O Brasil é o país com a maior taxa de nascimentos por cesariana do mundo. Enquanto em países considerados desenvolvidos a taxa varia em torno de 8 a 15 %, no Brasil ela chega a 55,46% de acordo com dados do Ministério da Saúde. Com um número quase quatro vezes maior temos que nos questionar se todas essas cesarianas são realmente necessárias? Para debater o assunto, a Escola Superior do Ministério Público (ESMP) promoveu evento sobre parto humanizado no SESI de Votorantim no dia 07 de outubro. Após a exibição do documentário "O renascimento do parto" foi realizado um debate com Fabiana Dal'Mas Rocha Paes, promotora de justiça; Ana Lúcia Dias da Silva Keunecke, advogada e Diretora Jurídica e de Negócios da Associação Artemis; Braulio Zorzella, médico ginecologista e obstetra; e Carla Arruda, terapeuta Ocupacional. “A grande importância deste evento é porque é a primeira vez que o tema passou a ser discutido no MP, o que é essencial para entender como os direitos das gestantes devem ser resguardados”, ressalta a promotora de justiça Fabiana Paes. O filme deu início ao debate e serviu para aproximar o MP da sociedade civil e do setor da saúde. Por meio do documentário, foi possível analisar a realidade obstétrica mundial e brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias, em contraponto com o que é recomendado pelas organizações de saúde. Essa situação apresenta sérias consequências perinatais, psicológicas, sociais, antropológicas e financeiras. Através dos relatos de alguns dos maiores especialistas na área e das mais recentes descobertas científicas, questiona-se o modelo obstétrico atual, promove-se uma reflexão acerca do novo paradigma do século XXI. Para saber se a realização do parto por cesárea é realmente necessário, deve-se buscar atendimento adequado a todas as gestantes, “elas precisam estar cientes de quais são as possibilidades para o nascimento da criança e quais são os riscos antes, durante e depois do parto”, conclui Fabiana Paes. Reduzir o número de cesáreas é uma das obrigações que o Estado brasileiro assumiu em tratados internacionais como, por exemplo, a Convenção da Mulher. Nesses relatórios o Brasil se compromete também a reduzir a mortalidade materna, a mortalidade infantil e melhorar a qualidade do atendimento médico às gestantes. |
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