Atalho para Facebook
Atalho para Twitter
Atalho para Youtube
Atalho para Instagram
Atalho para Flickr
Atalho para Facebook
Atalho para Twitter
Atalho para Youtube
Atalho para Instagram
Atalho para Flickr
Logotipo da ESMP
espaço

Friday , 02 de october de 2015

Seminário destaca ação integrada contra violência

Palestrante relatou experiência estadunidense no combate à violência de gênero e ações educativas
Palestrante relatou experiência estadunidense no combate à violência de gênero e ações educativas

“Devemos ter uma postura crítica em relação ao machismo e à violência doméstica, entender que é necessário fomentar a igualdade de gênero desde a infância para rompermos o ciclo da violência contra a mulher”, declarou Quentin Walcott, Codiretor Executivo do Connect Staff, organização sem fins lucrativos dedicada à prevenção da violência interpessoal em New York (EUA), durante o seminário internacional que ocorreu no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) na última quarta (30/9).

Mesa de abertura do eventoNa opinião do especialista Quentin Walcott, que trabalha há 18 anos na prevenção de violência,  todas as instituições devem desenvolver políticas e procedimentos específicos para construir sistematicamente uma cultura de igualdade de gênero. Ele relatou diversos programas de prevenção da violência contra mulher com focos nos mais diferentes públicos e aprendizados. As ações incluem intervenção na violência praticada contra crianças envolvidas com gangues; enfrentamento ao tráfico de drogas e combate à violência de gênero, ao racismo e à homofobia.

Para ele a comunidade deve ser integrada nesse trabalho, mas cada caso deve ser tratado como individual. “Deve-se entender o motivo pelo qual aquele tipo de violência de gênero: é caso de gerenciamento de raiva, o agressor entende que tem privilégios sobre a mulher ou minimiza suas atitudes?”, destaca Quentin Walcott.

A Promotora de Justiça Valéria Diez Scarance Fernandes afirmou que recente pesquisa realizada pelo Instituto Avon/Data Popular concluiu que 68% dos agressores presenciaram ou sofreram violência nos seus lares no Brasil. De acordo com ela, “a ideia é enfrentar a raiz da violência tendo em vista a construção da masculinidade e reconstruir nossa história. Devemos lembra que os programas para os homens são, na verdade, também para a mulher, para a família e para a sociedade”.

Já para Sérgio Barbosa, Filósofo, Coordenador da ONG Coletivo Feminista, “é necessário conscientizar a sociedade da cultura de dominância do homem sobre a mulher. Esse tipo de violência vem da ideia que o homem não pode ser fraco admitindo erros, por exemplo. Então, muitas vezes, eles preferem usar a força física a resolver seus conflitos de maneira saudável e respeitosa”.

Sérgio Barbosa ressaltou a importância de buscar um projeto de trabalho baseado no tripé prevenção, intervenção e educação no enfrentamento da violência rompendo com o modelo unicamente punitivo do Brasil. “O trabalho preventivo tem que ser realizado nas escolas e comunidades com homens jovens mostrando exemplos de outros homens que resolvem seus conflitos sem o uso da força. Esse modelo deve abranger o combate à violência contra a mulher, à homofobia, e ao preconceito racial”, concluiu.

PúblicoCitando dados da pesquisa realizada pelo Instituto Avon/Data Popular, a Promotora de Justiça Maria Gabriela Prado Manssur, advertiu que 56% dos homens entrevistados revelaram que já cometeram algum tipo agressão sendo que desse universo 65% se tornam reincidente. Para ela, “os programas têm eficácia porque é um trabalho feito com uma equipe multidisciplinar que inclui atendimento médico e psicológico”.

Na opinião da Promotora a violência contra a mulher não acontece apenas dentro de casa, acontece no trabalho, nos espaços públicos. Por isso, “a sociedade civil tem que estar envolvida e lembrar que não existe projeto perfeito, existe uma ideia executável e um resultado final, devemos deixar um legado”.

A promotora lembrou que o trabalho conjunto foi transformado em lei (Lei 229/2015)  no município de Taboão da Serra, onde atua a promotora. Naquela cidade, o agressor é intimado pelo Judiciário a comparecer ao programa por meio de uma medida protetiva. Neste ano, o projeto está na segunda edição e a taxa de comparecimento é de 90%.

Participaram também do evento a Vice-Cônsul dos Estados Unidos em São Paulo, Tracy Musacchio, os Promotores de Justiça Augusto Eduardo de Souza Rossini, Celeste Leite dos Santos, Fabiana Dal´Mas Rocha Paes, Fabiola Sucasas Negrão Covas, Silvia Chakian de Toledo Santos e Teresa de Almeida Prado Franceschi.


espaço
espaço
 
espaço

Sede – Rua Riachuelo, 115, 5º andar – Sé – São Paulo/SP – CEP: 01007-904 – Tels: (11) 3119-9821 / 9516

Campus Treze de Maio – Rua Treze de Maio, 1259 - Bela Vista - São Paulo/SP – CEP: 01327-001 – Tels: (11) 3119-9442 / 9443

Todos os direitos reservados