A Escola Superior do Ministério Público promoveu o Simpósio Crimes de Intolerância na manhã desta terça-feira (10/10), na sede da ESMP. Participaram do evento membros, servidores e estagiários do MPSP, advogados, estudantes e também o público em geral.

A palestra foi proferida pelo professor espanhol Samuel Rodríguez Ferrández, professor doutor em Direito Penal e Criminologia, e coordenador de Estudos em Criminologia da Faculdade de Direito da Universidad de Murcia (Espanha).

Ao abrir os trabalhos, o diretor da ESMP Antonio Carlos da Ponte destacou que, especialmente no Brasil, a questão dos crimes de intolerância é muito delicada. De acordo com ele, o Brasil já incorporou em seu ordenamento jurídico algumas leis que permitiam a intolerância como, por exemplo, a lei que proibia cristãs de se casarem com mouros ou judeus.

“Infelizmente a intolerância foi arraigada na legislação brasileira”, salientou o diretor da ESMP. Ele ainda acrescentou que existem diversos projetos de lei que tratam de diferentes questões ligadas à intolerância, e não apenas um projeto legislativo que esgote a matéria. Nesse contexto, “a Escola cumpre seu papel, promovendo este evento e contribuindo para o enfrentamento dessa questão”, concluiu da Ponte.

Para a promotora de justiça do GEVID, Silvia Chakian de Toledo Santos, falar sobre intolerância é refletir sobre que tipo de ordem política, social e econômica estamos construindo, num mundo que ainda hoje é tão hostil e violento em relação a vários grupos de pessoas.

Após a palestra houve mesa de debates, com a participação das promotoras de justiça Annunziata Alves Iulianello e Thais Vasconcelos Sepulveda.