Nome do(s) membro(s) do Ministério Público idealizadores, bem como aqueles responsáveis pela implementação e pelo acompanhamento do projeto

Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Prefeitura Municipal de Guarujá (através da Secretaria de Defesa Social e com a ativa participação das demais secretarias municipais).

Membros do Ministério Público:

Osmair Chamma Jr.

André Luiz dos Santos

 

Situação de fato detectada a exigir atuação diferenciada

Estabelecimentos de entretenimento que geravam reclamações de perturbação de sossego, estabelecidos em bairros diversos, desde os mais nobres até comunidades carentes.

Promotores de eventos que realizavam festas em casas particulares ou em casas noturnas, sem atender as normas de segurança.

Em comum, havia a falta de observação à legislação, como, por exemplo, falta do auto de vistoria do corpo de bombeiros, entrada de menores em locais sem alvará da Vara da Infância e Juventude, falta de tratamento acústico, falta de laudo de impacto de vizinhança, de trânsito ou ambiental.

Qualquer estabelecimento como lava-rápido, bar, lanchonete e outros realizavam eventos com música ao vivo ou mecânica, causando incômodo a toda a vizinhança, não só com o barulho excessivo, mas com a desorganização e muitas vezes perdas materiais que esses eventos causavam.

Questões relativas à proteção de menores em situação de risco (bebida alcoólica ou drogas), estabelecidos em praças ou outros logradouros públicos e em contato com bebidas ou drogas.

Combate à prostituição, em especial envolvendo menores de idade, com fiscalização em estabelecimentos facilitadores desta atividade.

Grande número de pessoas vivendo em situação de rua.

Necessidade de fiscalização com o intuito de combater a pirataria.

 

Título e descrição resumida do  projeto

Força-Tarefa

A Força-Tarefa, como foi denominada estabelece uma agenda mensal, verificando as prioridades e passando a trabalhar sobre cada ponto de seus objetivos.

Quanto aos estabelecimentos comerciais e locais de realização de eventos, é feito, previamente, na Prefeitura, um levantamento da documentação necessária (ex. alvará de funcionamento, pagamento de IPTU). Em outros termos, quando a Força-Tarefa vai realizar uma operação, já está cercada de todas as informações necessárias para não cometer omissões ou exageros.

Os DJ recebem orientação de quais os requisitos para poder realizar seus eventos (ex., evitar nomear os bailes com nomes pejorativos, exigência de equipe de segurança, garantir que o local tenha tratamento acústico, adoção de pulseira que identifica os maiores de idade para que eles possam consumir bebida alcoólica). Além desses requisitos, eles recebem orientação sobre ética e responsabilidade social, pois são exemplos aos adolescentes e são sensibilizados dessa responsabilidade.

No caso de persistência, o perturbador e o aparelho de som são encaminhados ao Distrito Policial para confecção de Boletim de Ocorrência por Perturbação do Sossego Alheio conforme o artigo 42 da Lei de Contravenção Penal.

Outra atividade da Força-Tarefa é a Operação Dignidade, para enfrentamento do problema relativo aos moradores de rua, com seu encaminhamento ao albergue, para garantir-lhes acesso a banhos, alimentação, assistência à saúde e social.

O trunfo da Força-Tarefa é a perfeita integração, a confiança entre os membros. Já houve casos de montar uma operação em apenas duas horas.

Em qualquer operação, quando há dúvidas, o grupo sempre recua para reestudar o caso e não correr o risco de se exacerbar nas suas funções. 

Nas reuniões mensais, que acontecem no Gabinete da Prefeita, reúnem-se Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Guarda Civil Municipal, Chefe de Gabinete, Secretarias de Saúde, Assistência Social, Desenvolvimento Econômico, Trânsito, Vigilância Sanitária e Jurídica, além de outros órgãos, que são convidados de acordo com o problema tratado.

Embora não haja hierarquia, a presidência é da Polícia Militar e a coordenação executiva é da Guarda Civil Municipal.

 

Indicação do local de sua realização

Município de Guarujá

 

Resultados Esperados

Coibir a realização de eventos de forma irregular (ex., festas rave) ou em locais onde os moradores do bairro fiquem vulneráveis ao ruído ou algazarras.

Estabelecer regras aos promotores de eventos conhecidos como DJ, que têm como público alvo os adolescentes e que executavam músicas que faziam apologia ao crime ou a pornografia.

Garantir que os eventos promovidos pela Prefeitura atendessem a todos os requisitos que são exigidos dos particulares.

Combater a prostituição e a pirataria.

Operações em praças e logradouros para evitar consumo de álcool ou drogas por menores de idade.

Melhor tratamento da questão relativa aos moradores de rua.

 

Resultados Alcançados.

Em 2008, foi aprovada a lei que prevê a lacração física para estabelecimentos que não se regularizem.

Foi encaminhado projeto de lei, por solicitação da força-tarefa, para fins de fixação de horários para fechamento de bares, a fim de combater a violência.

Hoje, para divulgar os eventos, tanto nos flyers, como na divulgação na mídia, é explicitada qual a faixa etária permitida e a obrigatoriedade de apresentar documento com foto para adentrar ao recinto.

Os eventos municipais estão sendo rigidamente acompanhados pela Força-Tarefa, que, por meio dos Promotores de Justiça envolvidos, realiza reuniões e determina as regras para eventos, como o horário de início e termino, para quaisquer eventos (desde os eventos de verão até de festejos juninos, por exemplo).

Criada em 2006 a Força-Tarefa já atuou em prostíbulos, raves, casas de show, docerias, bares e lanchonetes, realizou a apreensão de CD piratas,  e, por meio da Operação Dignidade, possibilitou o encaminhamento de inúmeros moradores de rua para o albergue, para que possam tomar banho, receber roupa limpa, alimentação e assistência por assistentes sociais e médicos.