Nome do(s) membro(s) do Ministério Público idealizadores, bem
como aqueles responsáveis pela implementação e pelo
acompanhamento do projeto: Vera Lúcia Acayaba de Toledo - 14º
Promotor de Justiça de São Bernardo do Campo Situação de fato
detectada a exigir atuação diferenciada A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de São Bernardo
do Campo constatou a existência de número excessivo de alunos que praticavam
atos infracionais de pequeno potencial ofensivo nas
escolas, a reincidência destas práticas, a
insuficiência no retorno com a execução das medidas socioeducativas
em meio aberto e a inocuidade do grande número de lavratura de Boletins de
Ocorrências nas Delegacias. E diante deste fato, a Promotoria de Justiça
instaurou em 10 de agosto de 2.007 um Inquérito Civil para solucionar a
problemática envolvendo esta questão. Em seguida, foram realizadas várias
reuniões organizadas pela Promotoria da Infância, na Casa dos Advogados de
São Bernardo do Campo, com todos os órgãos da Infância, já citados, para
envolvê-los e sensibilizá-los, e foi decidido de forma unânime atuar em
parceria para viabilizarmos a solução para a construção de uma cultura de paz
no âmbito escolar. Para tanto, foram colhidos dados apresentados pela
Diretoria Regional de Ensino, Secretaria Municipal de Educação, Conselho
Tutelar, Fundação Criança e CRAMI, anexados aos autos do Inquérito Civil,
mapeando quais atos infracionais de pequeno
potencial ofensivo mais freqüentes praticados nas
escolas públicas das redes estaduais e municipais, o número em cada
estabelecimento de ensino e as causas mais freqüentes destas práticas,
proporcionando elementos hábeis para a atuação adequada. Na data de 30 de
novembro de 2.007, em reunião organizada pela Promotoria da Infância, foi
apresentado um PROJETO elaborado por esta Promotora de Justiça, que foi
aprovado por todos os parceiros, e após, na reunião realizada na data de 29
de fevereiro de 2.008, foi o Projeto aperfeiçoado por dois técnicos da
FUNDAP, Afrânio Rocha, engenheiro, com especialização na área de planejamento
estratégico e especialização na coréia e Japão em Qualidade e Siderurgia, e
Sílvia Andrade Stamisa, socióloga, mestre Título e descrição resumida do projeto: Parceria na construção de uma cultura de paz no ambiente escolar Parceria para a construção de uma cultura de paz, cujo objetivo
é reduzir, no mínimo, em 40%, de setembro de 2.007 (início do Projeto) até
final de 2.011, os casos de encaminhamentos de alunos pela prática de atos infracionais de pequeno potencial ofensivo no ambiente
escolar, seja por situação de risco ou vulnerabilidade da família, violência
doméstica, dificuldades de ordem psicossocial, ou outras causas, visando a retomada ou o reforço dos laços familiares, comunitários
e escolares. PRODUTOS: 1) serviços de acompanhamento psicossocial,
assistência à saúde e jurídico, e ações sociais complementares para garantia
dos direitos das crianças e adolescentes, a curto prazo;
2) rede de atendimento integrada e capacitada, apta a disponibilizar
informações, mediar conflitos e utilizar o fluxo de forma adequada para
acionar a rede; 3) Sociedade sensibilizada para as situações de conflitos
familiares e violências relacionadas a crianças e adolescentes; 4) laços
familiares, comunitários e escolares retomados; 5) instrumentos de gestão e
controle implantados. ATIVIDADES PRINCIPAIS: 1) envolver e sensibilizar os
diversos agentes da rede com reuniões; 2) Revisar e disponibilizar
instrumentos para o tratamento do problema; 3) realizar seminários para a
discussão dos temas polêmicos com a participação dos agentes da rede com
conclusões orientadoras nas atuações; 4) capacitar os agentes da rede para
identificação, mediação e encaminhamento dos casos em tela; 5) definição do
fluxo de atendimento mais aprimorado; 6) realizar palestras nas escolas pelas
Polícias Militar, Civil, Guarda Municipal, Conselho Tutelar, OAB e demais
parceiros; 7) realizar palestras e outras formas de sensibilização para a sociedade;
8) criar uma sistemática e mecanismos para a sensibilização continuada; 9)
preparar material para a sensibilização da sociedade e divulgação dos
resultados obtidos; 10) levantamento do perfil e das demandas das famílias;
11) elaboração de relação das escolas que apresentam maior número de alunos
infratores pelas Secretarias de Educação e Conselho Tutelar, com análise das
causas levantadas; 12) preparar a família para exercer o seu papel protetivo; 13) realizar reuniões periódicas entre os
agentes da rede de atendimentos; 14) promover ações para a integração
família, escola e comunidade; 15) desenvolver ações afirmativas direcionadas
à construção de uma cultura de paz (acolhimento e estímulo) na escola e na
comunidade; 16) desenvolver alternativas de qualificação profissional,
esporte, cultura e lazer nas comunidades; 17) publicações de resoluções pelo
Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, estabelecendo as
diretrizes da política e do fluxo de atendimento no caso de crianças e adolescentes
que praticam atos infracionais nas escolas; 18)
criar uma sistemática de monitoramento e avaliação por todos os membros da
Força-Tarefa e pela sociedade civil; 19) divulgação de desempenho e
resultados. METAS: 1) redução de, no mínimo, 40%, na ocorrência de atos infracionais praticados por crianças e adolescentes nas
escolas, até final 2.011 (meio de verificação – levantamento trimestral pelo
Poder Judiciário, Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e Conselho
Tutelar); 2) redução de 40% de casos encaminhados por situação de risco ou
vulnerabilidade familiar, violência doméstica, dificuldades de ordem
psicossocial, e outras causas, registrados nas escolas, Conselho Tutelar,
Centro de Atendimento à Família e Centro Regional de Atenção aos maus tratos
na infância do ABCD (meio de verificação – levantamento pelas Secretarias de
Educação Estadual e Municipal, Conselho Tutelar, Centro de Atendimento à
Família, Centro Regional de Atenção aos maus tratos na Infância do ABCD e
Fundação Criança); 3) implantar serviços de acompanhamento até o final do
primeiro semestre de 2.008 (meio de verificação – levantamento pelas
Secretarias de Educação Estadual e Municipal, Conselho Tutelar, Centro de
Atendimento à Família, Centro Regional de Atenção aos maus tratos na infância
do ABCD e Fundação Criança); 4) ter 100% dos agentes da rede capacitados até
o final de 2.010 (meio de verificação – Secretarias de Educação, Conselho
Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, Conselho Tutelar e
Fundação Criança); 5) realizar ações de sensibilização em todas as unidades
escolares, em outros locais, incluindo a comunidade, até final de 2.009 (meio
de verificação – Secretarias de Educação, Conselho Municipal dos Direitos das
Crianças e Adolescentes, Conselho Tutelar e Fundação Criança); 6) obter
avaliação positiva de pelo menos 70% das famílias atendidas, até final de
2.011 (meio de verificação – levantamento pelas Secretarias de Educação,
Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, Conselho Tutelar
e Fundação Criança); 7) ter o instrumento em operação a partir de julho de
2.008 (meio de verificação – Força-Tarefa - Parceiros). BENEFÍCIOS QUE ESTÃO
SENDO ALCANÇADOS QUE TORNARAM A JUSTIÇA ACESSÍVEL A TODOS
Trabalhos com comprometimento, respeito e parceria, sem formalidades e
burocracias, com todos os órgãos envolvidos com a Infância e Juventude Local da realização: Nas escolas da rede pública municipal e estadual da comarca de
São Bernardo do Campo Resultados esperados: Redução, no mínimo, em 40%, do início do Programa, agosto de Resultados alcançados: AÇÕES REALIZADAS Várias reuniões organizadas pela Promotoria de
Justiça da Infância, com ATAS anexadas nos autos do Inquérito Civil, com a
presença de aproximadamente 200 (duzentos) profissionais de educação, bem
como outras reuniões com os Parceiros na Diretoria de Ensino, na Casa dos
Advogados e na Universidade Metodista, e desde maio deste ano, reuniões
semanais, às quintas-feiras, das 15:00 às 17:00
horas, na Metodista, para a confecção do material pedagógico. A Diretora de
Ensino e a representante da Secretaria Municipal de Educação fizeram reuniões
com os Supervisores, Orientadores e Diretores, fornecendo mais explicações
sobre o FLUXO para o encaminhamento do aluno ao Programa, visando que as
transmitissem aos Professores, agindo como agentes multiplicadores. Foram
designados representantes das Secretarias Estadual e Municipal da Educação,
do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Conselho
Tutelar, da Fundação Criança, da Secretaria de Desenvolvimento Social e
Cidadania do Município, e da Universidade Metodista, para comporem a COMISSÃO
REPRESENTANTE DO PROGRAMA. Foram também conseguidos patrocinadores para
auxiliar na execução do Programa, já tendo como parceiros neste sentido, a
Universidade Metodista de São Paulo, a Faculdade de Direito de São Bernardo
do Campo, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e a Qualicorp, Empresa de Planos de Saúde. Está sendo
confeccionado um CADERNO FACILITADOR e VÍDEOS para serem entregues como
material pedagógico aos Professores, Diretores, Supervisores, Orientadores,
Educadores Sociais, funcionários das escolas e pais de alunos, contendo
explanações sobre o PROGRAMA, bem como sobre normas importantes e relativas
ao tema em tela, do Estatuto da Criança e do Adolescente, sobre o tema
“violência na escola”, bem como a relação dos órgãos componentes da rede de
atendimento, com endereços e telefones, e o FLUXO para acionar esta rede.
Este MATERIAL PEDAGÓGICO está sendo produzido com o APOIO da UNIVERSIDADE
METODISTA DE SÃO PAULO, pela CÁTEDRA- GESTÃO DE CIDADES, FACULDADE DE
COMUNICAÇÃO-FACON E SHAUD, ENTIDADE esta que vem proporcionando ajuda desde o
início do Programa, agosto de 2.007. No primeiro semestre de 2.008 foram
encaminhados 1.800 alunos das escolas públicas municipais e estaduais para a
rede de atendimento, incluindo casos de evasão escolar, conforme diagnóstico
da Diretoria de Ensino. A Secretaria de Desenvolvimento
Social e Cidadania, como apoio, elaborou e executou uma Ação eficiente
de preparação de 300 (trezentos alunos) alunos para o exercício adequado da
Cidadania, com Certificado, alunos estes de Escolas que apresentaram um maior
quadro de violência, implementando a ação de protagonismo
infantil. O Conselho Tütelar executou encontros
menores com educadores das escolas públicas para explicitações do Programa em
tela, inclusive com o comparecimento dos Parceiros nos próprios estabelecimentos
de ensino. Representantes da Polícia Militar, da Guarda Municipal, do
Conselho Tutelar, técnicos da Fundação Criança e da Secretaria de
Desenvolvimento Social e Cidadania, e Promotores de Justiça já estão
realizando palestras nas escolas. Já foi aumentada a ronda escolar na Guarda
Municipal nas escolas estaduais e municipais que apresentaram maior número de
incidências de atos infracionais. A Polícia Civil,
através do Delegado Seccional designou três Delegados de Polícia para
acompanhar e auxiliar o Programa, e participar de todas as reuniões, e ainda
mantém um atendimento especializado quando solicitados nas escolas, somente
sendo necessário para tanto os Diretores das Escolas informarem informalmente
que se trata de caso do Programa, vulgarmente conhecido como
"Força-Tarefa". E ainda auxiliam nas reuniões realizadas na
Promotoria com os casos mais graves envolvendo tráfico de drogas no entorno e
na escola. A Polícia Militar igualmente designou representantes dos dois
Batalhões de Polícia Militar Metropolitano (do 6º e 40º), para a mesma
finalidade, e vem auxiliando da mesma forma no pronto atendimento
especializado quando acionados pelos estabelecimentos de ensino, bem como no
diagnóstico dos dados apresentados. E também prestam apoio nos casos graves
envolvendo tráfico de drogas e objeto das reuniões na Promotoria. A Faculdade
de Direito de São Bernardo do Campo tem cedido o auditório para a realização
das reuniões. A Comissão do PROGRAMA tem também representantes dos alunos,
que são ouvidos sobre todas as questões que auxiliam os trabalhos
desenvolvidos. A OAB local tem cedido a Casa dos
Advogados para a realização das reuniões e também pretende colaborar com
palestras nas escolas, e indicações de patrocinadores para apoiarem o
Projeto. A DEFENSORIA PÚBLICA tem comparecido e auxiliado em todas as
reuniões realizadas, e ofereceu a confecção de 15.000 (quinze mil) exemplares
do CADERNO FACILITADOR referido, que está sendo elaborado pela Comissão do
PROGRAMA e pela Universidade Metodista. A ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO
PÚBLICO, como apoio ao PROGRAMA fará a reprodução dos VÍDEOS citados para
serem entregues em todas as Escolas Públicas de São Bernardo. E será
realizado um evento na ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO, NA DATA DE 12
de novembro de 2.010, das 09:00 às 12:00 horas, para
lançamento do material pedagógico (VÍDEOS E CADERNO FACILITADOR). E são
várias outras ações que estão sendo realizadas, conforme o PROGRAMA. No
último evento, realizado na Universidade Metodista de São Paulo, na data de
09 de março de 2.009, no período das 08:00 às 18:00
horas, compareceram 600 (seiscentos) profissionais de educação, lotando o
auditório nobre desta Entidade, com apresentação de palestras, e de
diagnósticos e atividades já realizadas pelos Parceiros, e cada pessoa
presente preencheu uma ficha de avaliação sobre o evento, que foram
analisadas nas próximas reuniões, visando aprimorar os trabalhos, e
principalmente o Seminário que será destinado a 1.800 (mil e oitocentos)
educadores. O DIAGNÓSTICO FINAL será apresentado em dezembro de 2.011, que
tem por objetivo não só a redução de, no mínimo, 40%, dos encaminhamentos de
alunos por prática de atos infracionais de pequeno
potencial ofensivo nas escolas, como também, a existência de rede de proteção
da criança e do adolescente apta, eficiente e eficaz, situação que embasará o
ARQUIVAMENTO do Inquérito Civil. |