O Procurador-Geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, foi entrevistado no Jornal da Record News que foi ao ar na noite desta terça-feira (23/3) para falar sobre a campanha “DNA das Armas”. A iniciativa do Ministério Público do Estado de São Paulo e do Instituto Sou da Paz tem o objetivo de promover o debate na sociedade civil sobre a necessidade de implantação de tecnologia inteligente de marcação individual das armas de fogo no País.
Procurador-Geral é entrevistado por Heródoto Barbeiro: “Estamos combatendo o instrumento do crime”
A campanha é baseada em pesquisa inédita sobre o caminho percorrido por armas apreendidas em situações de roubo e homicídio, realizada pelo Ministério Público de São Paulo em parceria com o Instituto Sou da Paz, que analisou o universo de 4.289 armas apreendidas nesses dois tipos de crime na cidade de São Paulo, nos anos de 2011 e 2012, e constatou que aproximadamente metade delas não pôde ter o seu perfil revelado por conta da numeração raspada, prática comum no submundo do crime.
O levantamento também apontou um número significativo de armas de origem legal que foram furtadas de seus proprietários e depois apreendidas. A pesquisa apurou que 38% das armas rastreadas tinham registro legal prévio, o que na prática significa que foram vendidas legalmente e depois desviadas para as mãos de criminosos. Das armas com registro prévio, a grande maioria foi registrada no Estado de São Paulo, demonstrando que é preciso reforçar a fiscalização dentro das fronteiras do estado.
Márcio Elias Rosa explicou ao jornalista Heródoto Barbeiro que “o objetivo da campanha é criar óbice para dificultar o comércio e a circulação de armas”, de forma a dificultar as ações criminosas e, por outro lado, facilitar o rastreamento de armas de fogo utilizadas em crimes para descobrir os autores desses crimes. “Estamos combatendo o instrumento do crime”, destacou o Procurador-Geral de Justiça.
Veja aqui a entrevista