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Friday , 17 de april de 2015

Projeto do GEVID é destaque no Fórum Cultura de Paz da Cidade Tiradentes

Capacitados pelo MP, agentes de saúde ajudam a conscientizar população sobre violência doméstica
Capacitados pelo MP, agentes de saúde ajudam a conscientizar população sobre violência doméstica

 O projeto de prevenção da violência doméstica contra as mulheres realizada em parceria com o Programa de Saúde da Família, desenvolvido pelo Grupo de Enfrentamento da Violência Doméstica (GEVID), do Ministério Público do Estado de São Paulo, foi o destaque do Fórum Cultura de Paz da Cidade Tiradentes, realizado na tarde desta sexta-feira (17/4) no Céu Água Azul, na zona leste da capital. O evento teve a participação do Procurador-Geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa; do Subprefeito de Cidade Tiradentes, Miguel Reis Afonso; de representantes da Secretaria Municipal de Saúde, e de Promotoras de Justiça do GEVID, entre outros.

Na abertura do evento, a Promotora de Justiça Fabíola Sucasas Negrão Covas, Promotora do GEVID – Núcleo Itaquera e São Miguel Paulista e idealizadora do projeto, relatou os resultados já obtidos e agradeceu o apoio recebido de todos os envolvidos.

O Procurador-Geral de Justiça ressaltou a importância do trabalho cooperado no combate à violência doméstica. “É imperiosa a necessidade de atuarmos em harmonia, com divisão de responsabilidades, para o enfrentamento desse grave, triste e recorrente fenômeno”, afirmou. Segundo ele, “um problema complexo como esse não se resolve apenas com o formalismo; é preciso também encarar a questão pelo seu caráter humanista”. Márcio Elias Rosa elogiou a atuação das Promotoras de Justiça do GEVID, que, destacou, vêm realizando um trabalho de excelência em todos aqueles núcleos do grupo de atualização especializada, e ainda enalteceu o projeto liderado pela Promotora de Justiça Fabíola Sucasas Negrão Covas em Cidade Tiradentes.

Fabiana SucasasO projeto de prevenção da violência doméstica com o Programa de Saúde da Família capacita agentes comunitários de saúde sobre os principais condicionantes e determinantes da violência doméstica e familiar contra as mulheres, bem como sobre os principais instrumentos jurídico-sociais disponíveis. Uma vez capacitados, os agentes de saúde aproveitam as visitas mensais às residências para distribuir a cartilha “Mulher vire a página”, editada pelo MP-SP para informar as mulheres, de forma simples e direta, sobre a dinâmica da violência doméstica, municiando-as com informações sobre a Lei Maria da Penha e sobre a rede de assistência.

Desenvolvido como piloto em 2014, envolvendo 70 pessoas e as regiões abrangidas pelas Unidades Básicas de Saúde Inácio Monteiro, Dom Angélico e Jardim Vitória, o projeto atingiu 13 mil famílias e, em 2015, será estendido por toda a Cidade Tiradentes, bairro da zona leste da capital onde moram cerca de 300 mil pessoas. Nessa nova fase, 26 mil exemplares da cartilha serão distribuídos por 110 agentes comunitários de saúde nas regiões das UBS Ferroviários, Gráficos, Profeta Geremias, Barro Branco e Carlos Gentile.

“O Programa de Saúde da Família é considerado a porta de entrada do Sistema de Saúde e, por isso, é um potencial instrumento de prevenção da violência por sua concepção e forma de atuação”, destacou a Promotora Fabíola Sucasas Covas. “O PFS é importante porque acessa as casas das mulheres e a violência que buscamos combater se dá no ambiente doméstico”, explicou.

De acordo com a Promotora, o papel dos agentes de saúde é estratégico porque, sendo pessoas da própria comunidade e recebendo capacitação, podem ajudar a detectar riscos, a identificar as possíveis situações de violência doméstica e a auxiliar as vítimas mediante o encaminhando à rede de atendimento. “Estamos criando uma corrente do bem que busca proteger, orientar, romper o silêncio que envolve as mulheres em situação de violência doméstica, o que possibilita ajuda-las e a aplicar estratégias de enfrentamento do problema”, observa.

 O projeto também foi elogiado pela Supervisora de Saúde de Cidade Tiradentes, da Secretaria Municipal de Saúde, Marta Pozzani Calixto. “O trabalho do GEVID é muito importante porque capacita agentes comunitários de forma muito diferenciada”, afirmou. “Temos questões sociais muito importantes que exigem esse trabalho em rede”, completou. “Nossa esperança é de que, com a ampliação do projeto, aumente o número de notificações dos casos de violência contra a mulher”.

Também prestigiaram o Fórum o Subprocurador-Geral de Justiça Jurídico, Nilo Spinola Salgado Filho; as Promotoras do GEVID Silvia Chakian de Toledo Santos, Valeria Diez Scarance Fernandes e Ana Paola Ambra; a Assessora da Coordenação Regional de Saúde Leste, Elian Katy Gonçalves Rosário, representando a Coordenadora;  a Gestora do CEU Água Azul, Ângela Moura; agentes comunitários de saúde, profissionais da Coordenadoria de Saúde Leste e da Supervisão de Saúde de Cidade Tiradentes, e representantes da Casa Anastácia, da Casa Ser, do Centro de Referência de Assistência Social, da Supervisão de Assistência social, e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social.


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