O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), Núcleo Sorocaba, desbaratou nesta quarta-feira (24/8) um esquema que, de acordo com estimativas, movimentava até R$ 9 milhões por mês com cassinos clandestinos na cidade. Foram expedidos cinco mandados de prisão, além de mandados de busca contra pessoas apontadas como proprietárias dos estabelecimentos.
Entre os presos, está um homem apontado, no jargão policial, como “maquineiro”, o proprietário das máquinas que servem a todos os cassinos da região. Também foi preso o programador das máquinas. Dois mandados não puderam ser cumpridos porque os alvos não foram localizados. Após os presos terem sido ouvidos, o Gaeco ofereceu denúncia contra o grupo pela prática de organização criminosa e crime contra a economia popular. Parte das investigações, desmembradas em outro procedimento, apurará o delito de lavagem de dinheiro.
A ação desta quarta-feira representou a segunda fase da operação “Caixa Preta”, desencadeada dia 21/7 pelo Gaeco Núcleo Sorocaba em conjunto com a Polícia Militar. O objetivo é a identificação, localização e fechamento de 17 casas de cassinos clandestinos. Essa primeira fase resultou na apreensão de 297 máquinas caça-níqueis, além de servidores e computadores para programação das máquinas. Duas pessoas (uma mulher e um policial militar reformado) foram presas. No dia 25/7, ocorreu a destruição, mediante ordem judicial, de todas as máquinas apreendidas.
Operação Capital
O Gaeco Núcleo Sorocaba também desencadeou no dia 15/7 a operação “Capital” para investigar uma organização criminosa especializada em furtos a caixas eletrônicos com explosivos, além de roubos a carros de valores e lotéricas. A polícia Militar cumpriu mandados de busca e apreensão e três pessoas foram presas. Em dois endereços foram apreendidos produtos usados em ataques e explosões a caixas eletrônicos como explosivos, material usado no preparo de bombas, diversas munições, armas de calibres restritos, coletes balísticos e explosivos, armas de calibres variados e máscaras. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi acionado para retirar os explosivos.