Mais diversidade, mais informação e uma melhor orientação sobre como enfrentar a violência doméstica. É assim a nova edição da cartilha “Mulher, Vire a Página”, documento criado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo para auxiliar e mostrar à sociedade como as mulheres podem dar fim à violência de gênero.
Criada em 2012 pelo Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), a cartilha já chegou às mãos de 170 mil pessoas. A nova versão, atualizada pelo Gevid e pelo Núcleo de Gênero do MPSP, tem cinco novas personagens, mulheres de diferentes raças, corpos e tipos de cabelo. Além da diversidade, o conteúdo, com linguagem simples, apresenta novas orientações sobre as medidas protetivas de urgência e inclui um novo meio de violência que vem se mostrando cada vez mais frequente: a violência virtual.
A cartilha mantém ao final o texto integral da Lei Maria da Penha (lei 11.340), principal marco legal no Brasil com o objetivo de enfrentar a violência doméstica, mas agora com destaque para as informações sobre as medidas de proteção à mulher. A publicação teve todos os endereços dos serviços que fazem parte da rede de atendimento à mulher na cidade de São Paulo atualizados.
Em 2013, o Gevid, em parceria com o Centro de Apoio ao Migrante (Cami), também criou a versão em espanhol do documento, a cartilha “Mujer da Vuelta la Página”, projeto inédito no país com o objetivo principal de informar sobre o tema as imigrantes de origem latina que residem na capital, em especial as bolivianas. Foram distribuídas 10 mil cartilhas.
O Ministério Público de São Paulo irá distribuir 20 mil novas cartilhas em português e espanhol, mas é possível ter acesso aos documentos e imprimi-los na íntegra pelo Portal do MPSP.