Nesta sexta-feira (10/2), o auditório Luiz Felipe França Ramos, no edifício-sede do MPSP na capital paulista, recebeu uma reunião do Grupo de Trabalho sobre reclassificação de entrâncias referente à carreira dos membros da instituição. A mesa diretora dos trabalhos foi composta pelo subprocurador-geral de Justiça de Políticas Criminais e Institucionais, Mario Sarrubbo, pelo secretário administrativo da Procuradoria-Geral de Justiça, Fernando Kfouri e pelos procuradores de Justiça Márcio Sérgio Christino, Marcos Hideki Ihara e Pedro de Jesus Juliotti.
Para Kfouri, a estruturação da carreira, que deveria seguir um modelo de pirâmide, tornou-se algo parecido a uma ampulheta. “Dos cerca de dois mil cargos, mais de mil são de entrância final”, afirmou. O secretário da PGJ destacou ainda que a composição de grupos de trabalho deste tipo, com a participação de promotores jovens do interior, são de grande importância para a instituição.
Na opinião de Sarrubbo, é importante ter em mente que membros de MPSP, assim como acontece em qualquer área profissional, possuem expectativa de trilhar um caminho dentro do Ministério Público. “Não podemos travar a carreira, senão ela deixa de ser atrativa. Com isso, podemos passar a perder bons talentos. Precisamos estruturar a carreira de modo que o membro tenha um expectativa no horizonte”.
Já na visão de Andréa Santos Souza, assessora da Corregedoria-Geral, o debate sobre alterações nas entrâncias é necessário porque os membros têm a responsabilidade histórica de saber que Ministério Público será deixado para o futuro.
No encontro, que contou com a participação de representantes do Conselho de Estudos e Políticas Institucionais (Conepi), uma das sugestões levantadas foi a unificação de cargos de entrância inicial e intermediária em lista única.