O núcleo de Ribeirão Preto do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Centro de Inteligência da Polícia Civil, conseguiram, na última quinta-feira (10/8), a concessão de ordem cautelar determinando a suspensão da função pública do vereador Waldyr Villela. O pedido foi apresentado após ser verificado que Villela, dentista de formação, atuava como médico numa clínica clandestina. O vereador utilizava veículo oficial e assessores comissionados ligados a seu gabinete para os atendimentos no estabelecimento. 

Durante buscas na clínica clandestina, os armários exibiam sinais de recente retirada de material, não sendo encontrados agendas, cadernos de atendimento, fichários de pacientes ou outras anotações típicas à atividade. Os investigadores apontam que este cenário demonstra intenção de ocultar provas.

O vereador, que estava afastado por problemas de saúde, havia reassumido o exercício de suas funções públicas em 9 de agosto. 

O MPSP e a Polícia Civil entenderam que há diversos indícios da prática de outros crimes por meio do desvio de função dos assessores, bem como de ocultação de outras provas e destruição de documentos importantes para a investigação. 

Com a decisão judicial, Villela fica impedido de acessar a Câmara de Ribeirão Preto, de exercer atos estranhos à odontologia, de manter contato com seus assessores e de deixar a cidade.