O promotor de Justiça Neudival Mascarenhas, do 1º Tribunal do Júri da capital, obteve, na última quinta-feira (17/8), a condenação de um homem a 16 anos de prisão por feminicídio.
No dia 28 de setembro de 2012, por volta das 18h30, no Jardim Noêmia, na capital, Jarley de Souza Ramos golpeou 23 vezes o corpo de sua ex-companheira Joelma Aparecida de Sá com uma faca. Eles haviam terminado o relacionamento 15 dias antes por causa de ciúmes excessivos por parte dele.
Os golpes atingiram a cabeça, o ombro direito, o pescoço, abdômen, axila direita, tórax, mama, escápula direita, lombar, braço direito, antebraço direito e mão direita de Joelma. Ela até tentou fugir, mas como o réu era mais forte que a vítima, a atacou de forma surpreendente e contínua. Durante a fuga, uma testemunha tentou ainda segurar Ramos, que arremessou a faca na direção do homem, causando-lhe uma lesão na mão.
Depois do crime, Ramos fugiu para a Bahia, onde foi preso em junho de 2015. A denúncia foi feita em abril de 2013 pelo promotor de Justiça Roberto Bacal. Atuou no júri o promotor de Justiça Neudival Mascarenhas.
Os jurados acolheram a tese do Ministério Público e reconheceram a prática de crime hediondo triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e por recurso que dificultou a defesa da vítima) praticado por Ramos.
O Ministério Público recorreu para aumentar a pena, tendo em vista as consequências do crime, pois a vítima tinha quatro filhos, trata-se de violência doméstica e em razão do reconhecimento das três qualificadoras.