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Friday , 18 de august de 2017

Justiça recebe denúncia contra vereador e ex-prefeito de Paulínia que desviaram dinheiro

Para obter vantagem, dupla falsificou documento público
Para obter vantagem, dupla falsificou documento público

O Poder Judiciário recebeu denúncia oferecida pela promotora de Justiça Verônica Silva de Oliveira contra o ex-prefeito de Paulínia Edson Moura Junior e o atual vereador do município Marcos Roberto Bolonhezi (conhecido como Marquinho Fiorela). Os dois haviam sido denunciados após inquérito civil apurar que eles participaram de um esquema criminoso de desvio de dinheiro público. Os recursos foram posteriormente revertidos em prol de Bolonhezi. Para tanto, o vereador e o ex-prefeito cometeram o crime de falsificação de documento público.

De acordo com o verificado pela Promotoria, Moura Junior e Bolonhezi utilizaram o cargo público para simular que havia necessidade de indenizar o vereador por uma suposta desapropriação que não ocorreu. Além disso, tentaram dar ar de licitude ao crime praticado, falsificando um documento público ao criar um decreto falso e inexistente. Os denunciados agiram ainda no sentido de elevar o preço do imóvel supostamente desapropriado para conseguir obter vantagem mais elevada. Ainda segundo a denúncia, apropriaram-se de valores pertencente ao município de Paulínia.

Na denúncia, a promotora pediu que fosse decretada a prisão preventiva dos dos denunciados, alegando que “diante destes fatos estarrecedores (...) a confiança da população local nos Poderes Executivo e Legislativo de Paulínia foi fortemente abalada, de modo que a manutenção da liberdade dos acusados após cometerem crimes tão graves serve para transmitir à população a mensagem explícita que em Paulínia quem tem poder tudo pode e nada teme”.

Para a Promotoria, Bolonhezi “ocupa o cargo de vereador de Paulínia com forte poder de persuasão sobre funcionários públicos em geral, inclusive sobre servidores que laboram junto àPrefeitura de Paulínia. A força política que detém certamente será utilizada para constranger a testemunha de acusação”.

O pedido de prisão foi indeferido pelo Judiciário, mas o MPSP interpôs recurso ressaltando a necessidade de decretação da prisão preventiva dos réus para garantia da ordem pública, conveniência da instrução processual e para viabilizar futura aplicação da lei penal. A solicitação ainda não foi analisada.



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