Na última sexta-feira (6/10), o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado deflagrou a segunda fase da operação “Arquivos Deslizantes”, que investigou organização criminosa voltada à prática de fraudes em licitações em São Paulo e em pelo menos outros dois Estados. Nesta etapa, foram oferecidas 14 denúncias criminais pela prática de crimes previstos na Lei de Licitações, todas contra os integrantes da organização criminosa que vinha há anos praticando fraudes em procedimentos licitatórios destinados à compra de móveis de escritório por diversos órgãos públicos, em especial módulos de arquivos deslizantes para guarda de documentos.

A primeira fase da “Arquivos Deslizantes” foi deflagrada em 14 de setembro, com o cumprimento de 50 mandados, sendo 28 de busca e apreensão e 22 de prisão temporária, cumpridos nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte/MG, além das regiões paulistas de Piracicaba, Campinas, São José do Rio Preto, ABC Paulista e Franca.

Logo após a primeira fase, o Gaeco ofereceu denúncia pela prática do crime de organização criminosa contra 22 pessoas. As investigações, entretanto, não cessaram, prosseguindo em relação aos delitos previstos na Lei Federal n. 8.666/93 (Lei de Licitações) e praticados pelos integrantes da quadrilha em diversas regiões do Estado, havendo ou não participação de agentes públicos.

Os números da atual fase da operação “Arquivos Deslizantes” são os seguintes: região de Piracicaba – quatro denúncias (18 pessoas denunciadas); Grande São Paulo – três denúncias (11 pessoas denunciadas); região de São José do Rio Preto: três denúncias (13 pessoas denunciadas); região do Vale do Ribeira: uma denúncia (10 pessoas denunciadas); Araçatuba – uma denúncia (sete pessoas denunciadas); Guarulhos: uma denúncia (oito pessoas denunciadas) e Sorocaba: uma denúncia (quatro pessoas denunciadas).

As investigações ainda prosseguem para apuração de outros crimes igualmente praticados por alguns integrantes da organização, dentre eles o delito de lavagem de dinheiro.