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Friday , 20 de october de 2017

Operação Antígona, do Gaeco, prende sete pessoas que atuavam em tribunais do crime

Foram apreendidas armas, drogas e anotações sobre julgamentos informais da facção
Foram apreendidas armas, drogas e anotações sobre julgamentos informais da facção

Operação AntígonaSete integrantes de facção criminosa que executavam pessoas em tribunais do crime foram presos nesta quinta-feira (18/10) no âmbito da Operação Antígona, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPSP) com apoio da Polícia Militar. Duas das prisões ocorreram em flagrante por tráfico. Oito mandados judiciais de prisão e sete de busca e apreensão foram expedidos pela Vara do Júri de Ribeirão Preto. 

Alguns dos presos portavam manuscritos e documentos como anotações sobre julgamentos informais, roupas e armas possivelmente utilizados em execuções. Em poder dos dois investigados presos em flagrante foram encontradas porções de maconha e de cocaína. Também foram apreendidos diversos aparelhos de telefone celular.

Uma pessoa tentou se esconder em uma comunidade em Ribeirão Preto, enquanto os outros dois se refugiaram em cidade vizinha. O trio foi localizado, capturado e preso. Três investigados fugiram no início da operação, que se estendeu até às 23h. 

A operação resulta da evolução de investigação do Gaeco iniciadas no primeiro semestre de 2017, tendo como alvo integrantes ligados à cúpula da facção criminosa na região de Ribeirão Preto que participavam como mandantes e executores de tribunais do crime, que teriam executado pessoas de forma indiscriminada, desde aproximadamente junho deste ano. O Gaeco obteve vídeo em que três integrantes da facção criminosa executam, de maneira bárbara, possível integrante de facção rival a golpes de podão (facão de lavoura).  análise das imagens permitiu identificar integrante da facção.

Alguns corpos foram ocultados para evitar que os crimes fossem descobertos. Os presos são investigados por crimes de organização criminosa, sequestro e cárcere privado, homicídios qualificados além de ocultação de cadáver.

Participaram da operação oito promotores de Justiça do Gaeco e 20 equipes, dentre Forças Táticas, ROCAM e patrulhamento de área da Polícia Militar, além de seis Guardas Civis de São Paulo, com os cães Moah, Cassie e Troy. 

O Gaeco tem dez dias para avançar as investigações, ouvindo pessoas e analisando o material apreendido. É possível que seja solicitada prorrogação das prisões temporárias. 

O nome da operação faz referência ao método empregado pela facção para ocultação dos cadáveres usado pelos criminosos. Antígona, personagem da mitologia grega, contrariou decisão do rei e sepultou o cadáver de seu irmão. 

O Gaeco agradece o auxílio à investigação prestado pelo Centro de Inteligência da Delegacia Seccional da Polícia Civil em Ribeirão Preto, às equipes da Polícia Militar, e ao K9 da GCM de São Paulo e informa que conta com informações da população sobre pessoas que possam ter sido executadas pela facção criminosa a partir de junho deste ano, bem como quaisquer informações destes crimes com garantia de anonimato através do seguinte endereço eletrônico: [email protected]


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