Nesta semana, o Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), apresentou à Justiça pedidos que visam a garantir o ressarcimento da verba pública desviada na gestão do Hospital Ouro Verde, em Campinas. Trata-se de medidas cautelares de reparação do dano patrimonial causado ao erário público, ajuizadas contra os seis réus processados na 1ª fase da Operação Ouro Verde, que permanecem presos.

Com os pedidos, que serão analisados pela Justiça, o Gaeco busca a venda antecipada de sete veículos apreendidos no curso da operação - incluindo um automóvel de alto luxo (Ferrari/458 Itália)-, o bloqueio e a indisponibilidade de outros sete veículos que ainda não foram apreendidos, e a constrição judicial de 14 imóveis pertencentes aos integrantes do grupo criminoso.

O valor real bloqueado com as medidas cautelares pode chegar a quinze milhões de reais, com a finalidade de garantir o ressarcimento aos cofres públicos dos valores desviados já constatados e dos que ainda estão em apuração.

A investigação do Gaeco permanece em andamento para apurar outros desvios de recursos públicos durante a gestão da Vitale no Hospital Ouro Verde e o envolvimento de outras pessoas nos crimes, inclusive de agentes públicos.