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Friday , 16 de february de 2018

Denúncia de promotor é aceita e 26 ladrões de carga têm a prisão decretada

Organização criminosa causou prejuízo de R$ 8 milhões
Organização criminosa causou prejuízo de R$ 8 milhões

A Justiça aceitou na última quarta-feira (14/2) a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Renato Queiróz de Lima, de Rosana, e decretou a prisão preventiva de  26 integrantes de uma organização criminosa, autodenominada “Trapaça Transportes”, que praticava roubos e desvios de cargas em três Estados: São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Entre fevereiro a maio de 2017 a quadrilha causou prejuízo superior a R$ 8 milhões a empresas transportadoras.

 

A quadrilha foi desbaratada nas investigações da Operação Desvio Certo. No dia 6 de fevereiro policiais Civis de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão em 13 cidades catarinenses, atendendo a pedido do promotor. As investigações foram conduzidas pela delegacia de Teodoro Sampaio. Na ocasião foram presas 23 pessoas e apreendido material para análise.

 

De acordo com a denúncia, em maio de 2017 três homens foram presos em flagrante quando estavam transportando e efetuando a entrega de uma carga de 11 toneladas de queijo parmesão. Essa carga havia sido roubada em abril, em Cerqueira César, no interior paulista. Eles foram presos pelo crime de receptação. Desconfiada pela forma articulada como agiam, com veículo batedor do caminhão com a carga roubada, a Polícia passou a interceptar os celulares dos presos com autorização judicial.

 

Com a análise das conversas, verificou-se estar diante de uma verdadeira organização criminosa, composta por diversas pessoas, que juntos realizavam desvios de carga de caminhões em diversos Estados, e revendiam as mercadorias para outras pessoas que também faziam parte do esquema.

 

As investigações apontaram que motoristas das empresas transportadoras tiravam fotos das notas fiscais da mercadoria que transportavam e enviavam por meio do aplicativo whatsApp no grupo “Trapaça Transportes” aos intermediadores, pessoas que eram responsáveis por fazer o anúncio das mercadorias que seriam subtraídas, iniciando as negociações das cargas, antes mesmo do início das viagens.

 

Em determinado momento das viagens, os motoristas descarregavam as cargas e entregavam a outras pessoas, também integrantes da organização criminosa, que eram encarregadas de guardá-las até o momento da compra pelo receptador. Quando a carga desviada estava em local seguro, os motoristas, todos componentes da organização criminosa, se dirigiam até Delegacias de Polícia e faziam falsas comunicações de crimes, dizendo que tinham sido furtados ou roubados.  


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