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Wednesday, 21 de february de 2018

Ex-vereador e empresários que compraram votos em São José do Rio Preto vão a julgamento

Promotoria denunciou troca de votos por combustíveis
Promotoria denunciou troca de votos por combustíveis

Será realizada no próximo dia 1º de março a audiência de julgamento do ex-vereador de São José do Rio Preto Maurin Alves Ribeiro e dos empresários Sigmar Aparecido de Lima e Silvio Roberto Zani, denunciados pelo Ministério Público de São Paulo por crimes de corrupção eleitoral. De acordo com o relatado pelo promotor de Justiça José Heitor dos Santos, autor da denúncia, os três réus prometeram, ofereceram e doaram combustíveis a dezenas de eleitores com a finalidade de obter votos para Ribeiro, então vereador e candidato à reeleição nas eleições de 2016 no município paulista. 

"O esquema organizado e orquestrado criminosamente por Maurin Alves Ribeiro, Sigmar Aparecido de Lima e Silvio Roberto Zani, para captação ilegal de sufrágio, com abuso do poder econômico e político, consistiu na compra de votos mediante promessa, oferecimento e doação de combustíveis a eleitores, que abasteciam gratuitamente seus veículos no Autoposto “Dois Irmãos”, localizado na Avenida Augusto Buffulin, nº. 87, Jardim Nunes, na cidade de São José do Rio Preto, SP, de propriedade de Silvio Roberto Zani", argumenta a Promotoria.

Ainda de acordo com a denúncia, Zani entregou talões de requisições de combustíveis a Ribeiro e Lima, acertando que seriam abastecidos apenas os veículos que estivessem com adesivos de Maurin e apresentassem as requisições, que por sua vez precisavam trazer o nome de Lima. 

"Sigmar Aparecido de Lima era amigo, simpatizante político e apoiador de Maurin Alves Ribeiro e os dois distribuíram 142 requisições de combustíveis a eleitores, cada qual no valor de R$ 50,00 (...), com a condição deles, em contrapartida, colocarem adesivos em seus veículos com propaganda eleitoral de Maurin e, depois, num segundo momento,  votarem em Maurin para vereador nas eleições de 2016", diz a Promotoria. 

O Ministério Público denunciou ainda 13 eleitores pela "venda" de voto. Como no caso deles estão reunidas as condições que possibilitam a suspensão condicional do processo, a Promotoria fez proposição nesse sentido, desde que todos os eleitores concordassem em comparecer mensalmente ao juízo para informar e justificar suas atividades, pagar prestação pecuniária no valor de mil reais em favor da Apae de São José do Rio Preto, não frequentar bares, casas de prostituição, locais onde se explorem jogos de azar e afins, nem se ausentar da comarca sem autorização do juiz. 

Com a anuência dos 13 eleitores, o processo foi suspenso em relação a eles, prosseguindo no que diz respeito a Ribeiro, Lima e Zani.


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