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Tuesday , 27 de march de 2018

Promotoria se compromete a acompanhar projeto de reestruturação da saúde

Audiência pública sobre mudanças propostas pela Prefeitura de São Paulo foi realizada nesta terça-feira
Audiência pública sobre mudanças propostas pela Prefeitura de São Paulo foi realizada nesta terça-feira

Audiência SaúdeO secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, defendeu na tarde desta terça-feira (27/3), em audiência pública realizada na sede do Ministério Público de São Paulo, a reestruturação que a Prefeitura de São Paulo pretende fazer no sistema de saúde da capital. Segundo ele, nenhum equipamento público de saúde será fechado. A promotora de Justiça Dora Martin Strilicherk, da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos da Capital, Área da Saúde, afirmou que irá "acompanhar o processo de reestruturação proposto pelo município”.

A audiência pública foi coordenada por Dora e acompanhada pelo também promotor de Justiça Arthur Pinto Filho. A escuta tem como objetivo coletar informações para instrução de inquérito civil sobre o tema, instaurado no dia 7 de março para acompanhar as notícias sobre o fechamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) Tietê II e de outras unidades de saúde do município.   

“As Assistências Médicas Ambulatoriais (Amas) serão absorvidas pela Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”, afirmou o secretário. As Amas realizam pronto atendimentos de baixa complexidade, enquanto as UBSs são centros médicos com consultas agendadas. Na capital existem 114 Amas que serão transformadas em 63 UBSs, 19 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 26 ambulatórios de especialidades. Segundo Pollara, se a população necessitar de atendimento emergencial poderá se dirigir a uma Ama 24 horas que será transformada em uma UPA.  

A base do atendimento será feito pelo Programa Saúde da Família, e as consultas de rotina serão feitas nas UBSs da região em que a pessoa morar.  O secretário da pasta disse que a população será beneficiada com essa mudança porque ao invés de ser atendida por médicos diferentes a cada vez que procurar o pronto atendimento, passará a ser atendida pelo médico de família. De acordo com Pollara, a mudança será paulatina e, até dezembro, as equipes de saúde da família passarão de 1.331 para 1.625, um acréscimo de 295 novas equipes para atender toda a cidade. Ainda segundo o secretário, com essa mudança será possível realizar 17,55 milhões de consultas/ano. 

Representantes de entidades médicas como Sindicato dos Médicos de São Paulo e Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) manifestaram preocupação com a reestruturação proposta pela prefeitura, dizendo que o assunto precisa ser amplamente debatido com a sociedade civil. As entidades também defendem que nenhum equipamento público de saúde seja fechado. Durante a escuta, a população também pôde se pronunciar e lotou o auditório Queiroz Filho. 


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