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Friday , 27 de april de 2018

Em júri, MPSP obtém pena de mais de 40 anos a irmãos esquartejadores em Guarulhos

Os réus também haviam torturado a vítima
Os réus também haviam torturado a vítima

Nesta quinta-feira (27/4), foram condenados a mais de 40 anos de prisão os irmãos Altair Cantizano de Santana e Adailson Cantizano de Santana, que torturaram, mataram e esquartejaram o pintor Kleber de Risio Barbosa em 2017 na cidade de Guarulhos. A denúncia inicial foi oferecida pelo promotor de Justiça Omar Mazloum e o promotor Rodrigo Merli atuou no plenário de ontem.

 

Os réus foram acusados pelos crimes de homicídio qualificado, tortura, destruição de cadáver e corrupção de menores. Em julho do ano passado, eles se desentenderam com a vítima, alegando que Barbosa havia dito a moradores da região que os irmãos estavam ameaçados de morte, mas não apresentou nenhum nome. Os criminosos passaram a torturá-lo a fim de que falasse. A vítima recebeu socos, pauladas e uma facada no braço, mas não revelou. A dupla, reincidente por roubo, tráfico e homicídio, cogitou liberar Barbosa, mas temia ser alvo de denúncia.

 

Eles o decapitaram ainda vivo, cortando o seu pescoço de frente para trás, e decidiram esquartejar o corpo. Cortaram em sete pedaços, colocaram o corpo em um carrinho de mão e a cabeça em uma sacola. Para se livrarem dos restos mortais, pediram auxílio ao filho menor de idade de um deles. 

 

Denúncias anônimas levaram os policiais no dia seguinte ao homicídio até a casa em que Barbosa foi morto. O imóvel estava limpo, mas com resquícios de sangue, que a perícia comprovou ser da vítima. Além disso, imagens de câmeras de segurança da rua mostraram os irmãos empurrando o carrinho e portando a sacola com os pedaços do corpo. Depois de 20 dias da morte, eles foram encontrados na cidade de Peruíbe, confessaram os fatos e foram presos. 

 

O júri acolheu as teses do MPSP e os réus foram condenados por todos os crimes. Altair foi condenado a 43 anos e sete meses e Adailson a 42 anos e seis meses. O filho foi processado na Vara da Infância por ocultação de cadáver e recebeu medida sócio-educativa de liberdade assistida. Os réus recorrerão presos.


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