Nesta quinta-feira (14/6), o MPSP, a Polícia Civil e a Secretaria de Administração Penitenciária deflagram, após 12 meses de investigações, a Operação Echelon para combate de célula de organização criminosa paulista que atua em Estados da Federação e países vizinhos.
A partir de fragmentos de manuscritos encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau por agentes penitenciários, a Polícia Civil foi acionada. Com a identificação técnica de sete líderes de organização criminosa, as investigações policiais avançaram para revelar a existência da célula “Sintonia de Outros Estados e Países”.
Os trabalhos revelaram, até o momento, o envolvimento de 103 integrantes. Nesta quinta, 75 mandados de prisão estão sendo cumpridos em 14 Estados (SP; MS; PR; RS; PA; AL; MG; GO; TO; RR; RN; AC; AP e MA). Alguns, por já se encontrarem presos, terão os mandados cumpridos nas respectivas penitenciárias.
O grupo investigado é responsável por acirrar a disputa de facções no país, contabilizando elevado número de mortes (mais de uma centena).
Desta forma, o compartilhamento inicial de provas sobre 12 homicídios constitui parte da operação, deflagrada também com a finalidade de investigar o envolvimento do grupo em outros homicídios e o desaparecimentos de pessoas em todo o país, a partir de um domínio único dos líderes da organização que engendraram o esquema criminoso.
Durante as investigações foram apreendidas mais de uma tonelada de drogas e preso, no aeroporto de Guarulhos, quando retornava da Bahia, no dia 10 de maio, um dos líderes dessa célula criminosa que autorizava mortes quase que diariamente.