No último dia do curso de adaptação nesta primeira fase para os promotores de Justiça recém-nomeados por conta do 92º Concurso de Ingresso na Carreira, o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, esteve na Escola Superior do Ministério Público (ESMP) para transmitir à turma algumas orientações fundamentais para o início do trabalho nas comarcas, na semana que vem. No atendimento ao público, disse o PGJ, é preciso "ser o mais receptivo possível". Isso porque, em muitas ocasiões, quem recorre ao Ministério Público vê a instituição como a sua última esperança. "As pessoas têm que ser acolhidas", ensinou.
Smanio mostrou ainda, na sua breve exposição, que o modelo de Ministério Público adotado no Brasil, único no mundo, foi formatado em São Paulo. O diretor da ESMP, Antonio Carlos da Ponte, destacou o avanço da instituição e o fortalecimento da escola na gestão do PGJ, que mais uma vez reconheceu publicamente o grau de excelência do trabalho do anfitrião.
O procurador de Justiça Motauri Ciocchetti de Souza, integrante da banca examinadora, cumprimentou os novos colegas. "Tenho a alegria de me sentir parte responsável pelos senhores integrarem esta grande família". A secretária de Integração da PGJ, Lídia Helena dos Passos, também deu as boas-vindas. De acordo com ela, a chegada de um grupo de jovens promotores oxigena a instituição.
O subprocurador-geral de Justiça de Políticas Criminais e Institucionais, Mario Sarrubbo, explicou aos novos colegas que o MPSP, na área penal, não basta buscar a mera condenação, mas é preciso também trabalhar pela recuperação de ativos e reparação de danos. Já o subprocurador-geral de Justiça Jurídica e Competência Originária, Wallace Paiva Martins Junior, estimulou os aprovados no 92º concurso a provocarem a PGJ no que tange ao controle de constitucionalidade. "Qualquer promotor pode ter interesse no controle de constitucionalidade", afirmou.
O diretor-geral do MPSP, Ricardo Leonel, chamou atenção para um trecho da Lei Orgânica que define as Promotorias como unidades administrativas. "Cuidem com carinho do Ministério Público", declarou. Coube a Tiago Zarif e a Arthur de Lemos Junior, coordenadores, respectivamente, do CAO Civel e do CAOCrim, com o auxílio dos promotores assessores esclarecer de que maneira os novos colegas poderão recorrer a São Paulo em caso de qualquer dúvida sobre como proceder em sua atuação nos diversos de que cuidarão nas comarcas.
O promotor Edi Lago, que coordena a Central do Processo Digital, demonstrou aos promotores as funcionalidades do sistema que utilizarão no seu dia a dia.