O MPSP obteve, na noite desta terça (31/7), no tribunal do Júri de Guarulhos, a condenação de dois homens que tentaram matar um morador de rua em março de 2017. Todos eles viviam na região central da cidade e acabaram se desentendendo. Os acusados e um terceiro indivíduo ainda não identificado armados com barras de ferro e de caibros de madeira partiram para cima do ofendido para espancá-lo.
A vítima correu por dois quarteirões, mas acabou sendo alcançada pelos homens. Após ter sido atingida por várias vezes, o morador de rua acabou caindo e continuou sendo golpeado pelos três. Após ter ficado prostrado, os agressores pararam de bater e saíram andando normalmente.
Instantes depois, dois deles foram presos e identificados pela Guarda Municipal que acompanhou parte da agressão por intermédio de uma câmera de vigilância que monitora a região. O terceiro agressor tomou rumo diverso e não foi mais localizado.
No júri, os réus sustentaram que não quiseram matar a vítima e que teriam agido para se defender, uma vez que o ofendido teria puxado uma faca para eles.
O promotor do caso, Rodrigo Merli Antunes, refutou todas as teses da defesa e obteve a condenação dos réus por tentativa de homicídio duplamente qualificada (com meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima). Santiago Romulo de Oliveira Prata, por ser multirreincidente, foi condenado a 18 anos de reclusão. Já Michael Pena da Silva, que era primário, foi condenado a 10 anos e 08 meses de prisão. Os dois já estavam presos.
Segundo o promotor, a exibição aos jurados dos objetos utilizados no espancamento foi decisiva para a demonstração da vontade de matar dos agentes. Matérias televisivas exibidas ao júri corroboraram a versão do MPSP.