O procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, inaugurou no início da noite da última sexta-feira (31/8), na Fundação de Desenvolvimento Social, em Sorocaba, a exposição itinerante Retratos da Cidadania, inspirada em casos emblemáticos do Ministério Público. A mostra aborda, por meio de diferentes formas de expressão artística, a atuação do MPSP.
A passagem de Smanio pela cidade chamou a atenção da mídia local e a exposição ganhou destaque em jornais, rádio e TV regional. As obras ficarão em Sorocaba até o dia 21. “Estamos aqui para divulgar essa nova forma de mostrar o trabalho do Ministério Público para toda a comunidade. É um trabalho árido que é mostrado por meio de petição, relatório e notícia de jornal. Nós encontramos nessa exposição uma forma de trazer também um pouco da emoção do que a gente faz. A mostra reflete o ideal dos promotores que atuaram nesses casos. A emoção das pessoas que recebem os benefícios da atuação do Ministério Público. Os artistas souberam captar isso tudo e transformaram essa emoção em arte”, afirmou Smanio
Os subprocuradores-gerais de Justiça Paulo Sérgio de Oliveira e Costa (Planejamento) e Mário Sarrubbo (Políticas Criminais e Institucionais) acompanharam o PGJ na viagem. Estiveram presentes na inauguração da mostra os promotores de Justiça Antonio Domingues Farto Neto, Cristina Palma, Maria Cecília Diniz Teixeira Calado Toneli, Marcos Fábio de Campos Pinheiro, Maria Aparecida Rodrigues Mendes Castanho, Carlos Alberto Scaranci Fernandes e Fabrício Pereira de Oliveira.
Também participaram da inauguração o presidente da Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba (Fundec), Luiz Antonio Zamuner, a presidente do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, Cristina Delanhesi, a coordenadora de projetos do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, Marta Silva, o presidente da Fundação Cultural Cruzeiro do Sul, Alexandre Latufi, o diretor da Faculdade de Direito de Sorocaba, João Baptista de Mello e Souza Neto, a pintora Liliana Alves, o artista plástico Pedro Lopes, o diretor jurídico da empresa ZF, João Paulo Rossi, a conselheira tutelar Rosimeire Porto, o diretor da Fundação Casa Francisco Alves Pinto, a tenente do Comando de Policiamento do Interior Ana Costa, o capitão da PM Rogério Lima, o capitão do 15º Grupamento de Bombeiros João Luiz Gomes Carneiro, o corregedor-geral do município de Sorocaba, Carlos Alberto de Lima Rocco Júnior, o vereador Hudson Pessini e o assessor da secretaria de Abastecimento, Agricultura e Nutrição do município, Adler Miler de Barros.
O retorno para os cofres públicos do dinheiro desviado pelo ex-prefeito Paulo Maluf; o impulso à criação de mais de 85 mil vagas em creches; a operação que gerou a prisão da ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera; o fim de um programa ilegal de retirada de rins de cadáveres; a repatriação de mais de US$ 4 milhões em obras de arte adquiridas e desviadas ilegalmente pelo banqueiro Edemar Cid Ferreira; a cassação de políticos eleitos após o uso de candidaturas fantasmas de mulheres. Essas são algumas das histórias que estão na exposição que já passou pela Estação Cultura e pelo Memorial do MPSP, localizado no prédio sede da instituição, na capital.
Além do caso Maluf, da Operação Sevandija, do caso Banco Santos, da luta pela ampliação das vagas de mais e melhores creches na cidade de São Paulo, do combate à candidatura fantasma de mulheres apenas com o intuito de cumprir a cota de gênero, do histórico caso Kalume – que revelou um dos maiores esquemas de tráfico de órgãos do país e inspirou a lei brasileira de transplantes –, Retratos da Cidadania apresenta, pelos olhos dos artistas, diferentes experiências que demonstram que a parceria entre o Ministério Público e o cidadão resulta em um aprimoramento da sociedade.
O Ministério Público do Estado de São Paulo, em conjunto com a agência VML (parceira pro bono do MPSP desde 2013), entrevistou promotores de Justiça de diversas áreas de todo o Estado, cidadãos diretamente beneficiados pelo trabalho do MPSP, especialistas da sociedade civil, e levou esses relatos como inspiração a diversos artistas paulistas, que agora apresentam a sua versão do trabalho do MP em tinta, em tela, em escultura, em obra de arte. “Com o propósito de aproximar o MPSP ainda mais da população, a mostra destaca a diversidade e a amplitude do trabalho da instituição, através da interação dos artistas com as causas defendidas, em diferentes áreas de interesse coletivo e regiões do Estado”, acrescenta Fernando Taralli, presidente da VML.
Até o dia 21 de setembro, os visitantes de Sorocaba também poderão conferir todas as entrevistas, em vídeo, que foram entregues aos artistas e serviram de influência para suas produções. Histórias de mulheres atendidas pelo projeto Guardiã Maria da Penha, programa de proteção de mulheres vítimas de violência doméstica; o trabalho de combate à crise hídrica no estado de São Paulo; os relatos de catadores de material reciclável que deixaram a invisibilidade após a extinção do lixão de Presidente Prudente e a consequente abertura de um aterro controlado; a história de crianças, jovens e adultos que conquistaram o nome de seus pais por meio do projeto Encontre Seu Pai Aqui; a família que conquistou um CEP com a urbanização de uma favela em Itaquaquecetuba, e muitas outras.
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