A pedido da promotora Gabriela Manssur, a Justiça decretou a prisão preventiva de ASPJ, acusado pelo Ministério Público de São Paulo da prática de uma série de crimes contra dez vítimas, entre os anos de 2016 e 2018. A denúncia oferecida por Gabriela é resultado de um Procedimento Investigatório Criminal instaurado na Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência contra a Mulher - Núcleo Oeste.
No âmbito desta investigação, o MPSP deflagrou a Operação Stalker na tentativa de capturar o agressor, o que havia ocorrido em junho, com o cumprimento de um mandado de prisão temporária. ASPJ se passava por produtor da Record TV, usando inclusive perfis falsos no Facebook, para fazer contato com modelos, assessoras de imprensa e produtoras. O falso produtor oferecia falsas vagas de emprego e, em troca, exigia que as vítimas enviassem fotos íntimas e mantivessem relações sexuais com ele.
De acordo com as investigações, o homem constrangia as vítimas fazendo ligações para chefes e colegas de trabalho delas. As ameaças tinham início quando as mulheres se recusavam a enviar fotos íntimas, duvidando de que ele fosse realmente funcionário do canal de televisão. Uma das vítimas recebeu 22 ligações do falso produtor em apenas uma semana.
Dois projetos na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal preveem aumento de punição para pessoas que vigiam os passos de outras, tanto os perseguidores na vida real e quanto os os virtuais (stalkers).