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A pedido de Promotoria, policiais que integravam grupo de extermínio são condenados à prisão
Réus, que perderam cargos, agiam em Mogi das Cruzes
Réus, que perderam cargos, agiam em Mogi das Cruzes
Denunciados pelo Ministério Público de São Paulo por adotarem condutas típicas de grupo de extermínio na região de Mogi das Cruzes, os policiais militares Fernando Cardoso Prado de Oliveira e Vanderlei Messias Barros foram condenados, respectivamente, a 132 e 85 anos de prisão em regime inicial fechado. A Justiça decretou ainda a ambos a perda dos cargos públicos que ocupavam.
Na ação, iniciada com denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Leandro Lippi Guimarães, Oliveira foi responsabilizado por seis homicídios consumados (contra Reverson Otoni Gonçalves, Rafael Simão de Oliveira Sarchi, Renato José Nogueira Neto, Marcus Vinicius dos Santos, Matheus Justino Rodrigues Costa e Thiago Nogueira Novaes) e três tentativas de homicídio (contra Gabriel Graça Batista, Leonardo Teixeira da Silva e Lucas Vinicius Garcia). Já Barros recebeu condenação por associação criminosa, pelos homicídios consumados de Marcus Vinícius dos Santos, Matheus Justino Rodrigues Costa e Thiago Nogueira Novaes e pelas tentativas de homicídio contra Leonardo Teixeira da Silva e Gabriel Graça Batista.
Segundo a Promotoria, entre 2013 e 2015, os dois réus e outros indivíduos até então não identificados se uniram com a finalidade de matar pessoas consideradas por eles como "perigosas", sobretudo aquelas supostamente envolvidas com consumo e venda de substâncias ilícitas, "em autêntica atividade de grupo de extermínio".
"Os denunciados agiam motivados pelo sentimento de torpeza, pois 'sentenciavam' e executavam supostos traficantes e usuários de drogas, movidos pela necessidade de demonstrar força a si próprios e perante os moradores daquele local, satisfazendo o desejo que nutrem de colocar-se acima do bem e do mal, em total desprezo às regras e instituições democráticas", afirmou o promotor na denúncia.
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