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Thursday , 20 de february de 2020

MPSP obtém liminar proibindo empresa de cobrar dívidas anteriores para fornecer energia

Distribuidora EDP vem adotando prática abusiva que prejudica consumidores em Caraguatatuba
Distribuidora EDP vem adotando prática abusiva que prejudica consumidores em Caraguatatuba

A pedido do promotor Renato Queiroz de Lima, a Justiça concedeu liminar impedindo que a EDP São Paulo Distribuição de Energia exija de atuais moradores de Caraguatatuba, como condição para religação, fornecimento ou continuidade da prestação do serviço, o pagamento de dívidas anteriores à respectiva ocupação do imóvel, deixadas em aberto por antigos moradores. Foi dado prazo de 15 dias, contados a partir da intimação da decisão, para o cumprimento da obrigação. 

A ação em questão foi ajuizada na última segunda-feira (17/2), após a Promotoria receber ofício do Juizado Especial Cível dando conta de que a EDP estava cometendo práticas abusivas ao não realizar a instalação do serviço de energia elétrica no imóvel de consumidores em razão de débitos anteriores relativos a outra pessoa.

"A empresa ré somente faz a instalação da luz de um imóvel se todas as dívidas estiverem quitadas, mesmo não tendo o débito sido contraído pelo novo consumidor que reside atualmente no imóvel", argumentou o promotor na petição inicial. O Procon de Caraguatatuba confirmou a prática adotada pela empresa, informando ainda ter recebido diversas reclamações sobre o assunto nos últimos cinco anos. 
 

Ao concordar com a liminar, o Poder Judiciário alegou que o acesso a serviços essenciais, como o de fornecimento de energia elétrica, tem vinculação direta com a concretização de direitos fundamentais, "constituindo-se, desse modo, em parte integrante de um núcleo mínimo existencial necessário à efetivação da vida digna".

Em outra ação, a Promotoria conseguiu liminar judicial determinando que a EDP reduza em 50% as faixas de valores da Contribuição de Iluminação Pública. O MPSP alegou que, de acordo com lei complementar, os valores constantes na tabela da respectiva taxa deveriam ter sido reduzidos pela metade em março de 2019. Contudo, o município de Caraguatatuba não adotou as medidas para a mudança, e a EDP não deixou de cobrar a quantia a mais, "incorreta e irregular".


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