O Ministério Público de São Paulo instaurou procedimento investigatório criminal contra três distribuidoras de gás de cozinha da capital, com o objetivo de identificar a prática de possíveis crimes contra o consumidor e a ordem econômica, entre outros. Integrantes do Procon e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) estiveram nos estabelecimentos Laecio de Mello ME, Consigaz e Valgás Liquigás, identificando a prática de preços abusivos de comercialização de botijão em gás para cozinha, em contrariedade ao preço de mercado, com a obtenção de lucros extorsivos.

A portaria de instauração do procedimento destaca que o preço da refinaria do botijão de gás 13kg girava em torno de R$22 a R$23, chegando aos R$ 25 com a alta recente do dólar. As empresas citadas, contudo, "não estão observando a limitação de cobrança de R$ 70,00 por botijão (preço máximo) e praticam valores abusivos que variam entre R$ 80,00 até R$ 120,00, prejudicando o corpo social e, prioritariamente, as pessoas com menor potencial aquisitivo que neste cenário de pandemia, já estão proibidas de trabalhar e agora com esse preço exorbitante não conseguem sequer cozinhar em casa", diz o documento. 

Entre as providências determinadas está o pedido de cópias de todos os autos de infrações realizados pela ANP, desde o início da pandemia no Brasil (meados de março) até os dias de hoje na cidade de São Paulo, especialmente os exarados contra as empresas investigadas. 

O procedimento investigatório criminal foi distribuído por sorteio para o promotor de Justiça Cassio Conserino.