Promotores da área de Habitação e Urbanismo do Ministério Público do Estado de São Paulo emitiram nesta sexta (29/5) uma recomendação para que o transporte público nas periferias da capital paulista se adeque ao atendimento da população durante a pandemia do novo coronavírus.

A Secretaria Municipal de Transportes e a SPTrans devem responder sobre levantamentos que indiquem a necessidade de transporte nesses locais. A promotoria cobra medidas para que os moradores de regiões distantes de unidades hospitalares tenham maior facilidade no acesso aos serviços de saúde, principalmente de UTI. 

Os órgãos devem também considerar a necessidade de oferta de alternativas de transporte para pessoas com sintomas da doença ou imunodeprimidas, com uso, por exemplo, da frota ociosa de ônibus fretados e transporte escolar.

A recomendação apresenta dados indicativos de que a pandemia de covid-19 atinge de maneira muito mais grave as regiões periféricas, favelas e assentamentos precários, que lideram os números de casos e de mortes na cidade. Os 20 bairros com mais mortes por covid-19 estão nos extremos de São Paulo.

Além disso, a recomendação ressalta que nas periferias há menor quantidade de leitos de UTI e que essas áreas não contam com hospitais de campanha instalados.

Os órgãos acionados têm até cinco dias para responder.