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Friday , 07 de may de 2021

Projeto aMPara dá apoio a integrantes do MPSP vítimas de violência de gênero

Webinar que explicou confidencialidade dos relatos ocorreu nesta sexta
Webinar que explicou confidencialidade dos relatos ocorreu nesta sexta

Acolher e garantir suporte a integrantes do MPSP, assim como a parentes de membros e servidores que tenham sido vítimas de violência de gênero, é o objetivo do projeto aMPara, tema de webinar realizado nesta sexta-feira (7/5). O evento, transmitido ao público interno da instituição, foi promovido em parceria com  a Escola Superior do Ministério Público (ESMP).

Na abertura, o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, disse que o projeto aMPara é uma oportunidade para olhar o Ministério Público por dentro. "A intenção do projeto é realmente amparar e construir caminhos para erradicar esse verdadeiro câncer que nos assola. Na pandemia, casos de violência doméstica aumentaram muito, o que deixa clara a importância de iniciativas como esta para a plena garantia de direitos", opinou o PGJ antes de render homenagem à promotora Cida Castanho, falecida nesta semana.

"O próprio nome do projeto já é acolhedor", afirmou a vice-corregedora-geral, Liliana Mercadante Mortari, que considera "muito feliz" a iniciativa do aMPara.

Para o diretor da ESMP, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, o webinar é fruto de um trabalho da escuta expansiva, que proporciona um olhar sensível em relação às vítimas de violência de gênero.

A opinião foi compartilhada pela coordenadora do Subcomitê de Gênero e Diversidade do MPSP, Isabella Ripoli Martins, que destacou o fato de o Brasil ocupar a quinta posição no ranking de países que mais matam mulheres, elaborado pela Organização das Nações Unidas. "E como os índices aumentaram na pandemia, resolvemos nos voltar para o lado de dentro. Se vivemos em uma sociedade com tantos casos de violência contra a mulher fora dos nossos muros, é muito possível que, infelizmente, haja vítimas dentro do MPSP, entre servidoras, promotoras, procuradoras e estagiárias. Violência de gênero não escolhe classe social, etnia, religião, nível cultural nem econômico. O Projeto ampara veio dizer a cada mulher que ela não está sozinha. É preciso buscar ajuda", alertou a procuradora de Justiça.

Na visão da promotora de Justiça da Casa da Mulher Brasileira, Juliana Tocunduva, a rede de acolhimento multidisciplinar proporcionada por iniciativas como o aMPara é, muitas vezes, o elemento crucial para que a vítima possa se fortalecer a ponto de buscar saída para a situação abusiva. "A intenção inicial é dar às mulheres a oportunidade de encontrar apoio. Orientação para formalização de denúncia só é dada se a vítima assim desejar", explica. 

Secretária executiva da Promotoria de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Silvia Chakian destacou o cuidado e a responsabilidade com que o projeto aMPara foi criado. "As informações serão sempre sigilosas. Os relatos terão tratamento humanizado, pois a iniciativa tem como condição evitar a revitimização, e as respostas serão construídas sempre em conjunto com a mulher", acrescenta.

Traçando um paralelo com os meios tradicionalmente disponíveis para fazer relatos de violência de gênero, como delegacias ou Promotorias, a coordenadora do Núcleo de Gênero do MPSP, Valéria Scarance, defende que o aMPara tem o diferenncial de garantir à vítima, desde o primeiro momento, o acolhimento feito por mulheres especialistas no tema, entre promotoras e servidoras. "É como se a integrante do MPSP estivesse dentro da própria casa. Isso traz uma sensação de segurança e pertencimento", disse, reforçando que eventuais denúncias formais só serão registradas para investigação se houver a concordância da vítima.

Para buscar atendimento pelo Projeto aMPara, é preciso preencher o formulário disponível no menu "Acesso Rápido" do Portal da Comunicação.


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