Nesta segunda-feira (6/12), o Tribunal do Júri de Ribeirão Preto, após cerca de oito horas de julgamento, condenou, no âmbito da Operação Antígona, mais um réu integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) a 71 anos de prisão em razão da prática de sequestros, homicídios mediante tortura e ocultação de cadáver contra pessoas grupo rival suspeitas de infrações cometidas em áreas dominadas pela facção paulista.

Outros quatro corréus do mesmo processo, que foi desmembrado, já foram julgados e condenados em dois plenários distintos e as penas aplicadas superaram 270 anos de prisão.

A Operação Antígona, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 2017, identificou e prendeu membros do PCC que participaram da morte de pessoas nos chamados "tribunais do crime", em julgamentos promovidos por lideranças regionais da facção para acertar contas com aqueles que contrariam as regras impostas pela organização criminosa.

As vítimas eram sequestradas, mantidas em cárcere privado, torturadas, espancadas e brutalmente assassinadas com golpes de facão. Na sequência, os corpos eram ocultados em locais desconhecidos.

O grupo especializado do MPSP contou com o apoio de 70 homens, 25 viaturas, o helicóptero Águia e o canil da Polícia Militar para compor a força-tarefa para o cumprimento dos mandados de busca e de prisão, ocasião em que diversos materiais (celulares, roupas, cartas, armas brancas, drogas etc.) foram apreendidos e periciados.

Nos próximos dias, outros réus também serão julgados pelo Tribunal do Júri da comarca.

A Operação Antígona vem sendo conduzida pelos promotores de Justiça do Gaeco desde as primeiras investigações até o julgamento.