Ao Conselho Superior, Barreira apresenta projeto em prol de pessoas em situação de rua
Ao Conselho Superior, Barreira apresenta projeto em prol de pessoas em situação de rua
Batizada de Assistir, iniciativa em Itapetininga conta com fórum e sistema informatizado
O promotor de Justiça de José Roberto de Paula Barreira apresentou ao Conselho Superior, durante reunião do colegiado ocorrida nesta terça-feira (10/9), o Projeto Assistência, Trabalho e Inclusão Social na Rua (Assistir), política pública voltada ao debate e à proposição de estratégias de resolução dos problemas afetos às pessoas em situação de rua. A iniciativa foi implementada na cidade de Itapetininga.
Conforme a explanação do membro do MPSP, o Assistir é dividido em duas frentes: um fórum permanente de discussão e um sistema informatizado de acompanhamento. Barreira contou que começou o projeto após ser procurado pelo padre da cidade, que buscava uma solução para a questão das pessoas em situação de rua. "Naquele momento, era preciso dar uma resposta estrutural ao problema e, para tanto, se fazia necessário montar um cadastro dessas pessoas. Para discutir e viabilizar o projeto, a Promotoria mobilizou diversos setores da sociedade, como a Defensoria Pública, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), os Centros de Atenção Psicossocial, o Serviço de Obras Sociais e a estratégia Consultório na Rua, além da Polícia Militar, Guarda Civil, Casa Rais - Referência, Apoio e Inclusão Social, o Hospital Regional de Itapetininga, e o Departamento de Tecnologia da Informação".
Após diversas tratativas com administrações municipais e a transposição de barreiras, o projeto se consolidou com a publicação de um decreto municipal em 2019. A elaboração do documento teve a contribuição decisiva do MPSP, inclusive por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com a Prefeitura. “Foi criado no município mecanismo para fortalecimento e atenção às pessoas em situação e circunstância de rua. Houve ainda a realização de um criterioso censo dessa população, também como instrumento voltado a assegurar acesso a serviços básicos de saúde, segurança, alimentação, emprego, dentre outros. Com o atual acordo firmado entre prefeitura e o MPSP, o projeto deverá mudar de patamar e se tornar o Programa Assistir”, destacou Barreira.
O promotor agradeceu a todos os membros do Conselho Superior pela oportunidade de falar sobre a iniciativa, em especial à procuradora de Justiça Nathalie Kiste Malveiro, conselheira autora do convite, e ao conselheiro Fausto Junqueira de Paula, que também colaborou durante a elaboração do projeto. Barreira destacou também o papel da Corregedoria-Geral, que esteve na cidade em dezembro de 2022 para acompanhar a apresentação do projeto.