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Administração Superior e Gestão

Evento reforça de termo de cooperação técnica entre Ouvidoria do MPSP e ABO

Atividade serviu também para marcar Dia do Ouvidor

Na manhã desta sexta-feira (17/3), ocorreu o evento “Ouvidoria: bem-estar nas Organizações”, em função de termo de cooperação técnica firmado entre a Ouvidoria do MPSP e a Associação Brasileira de Ouvidores (ABO) em novembro de 2022, e, também, em comemoração ao Dia do Ouvidor (celebrado em 16 de março).

“O Ministério Público é também um ouvidor. Ele tem esse papel de ombudsman, de advogado das causas coletivas, em defesa dos valores que são caros à sociedade como um todo”, disse o subprocurador-geral de Justiça de Políticas Cíveis e de Tutela Coletiva, Vidal Serrano Nunes Júnior, que representou o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo.

Os trabalhos foram iniciados pelo ouvidor do MPSP, Gilberto Nonaka, para quem “o trabalho dentro da Ouvidoria compreende humanização, empatia, acolhimento e a observação de estratégia para que não haja prejuízo de determinada atividade”, salientando a forma de atuação do setor. 

A presidente da ABO Nacional, Adriana Alvim Barreiro, que também integrava a mesa de abertura, fez um breve relato sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas no acesso à escuta. Segundo ela, o grande desafio é de se ampliar a escuta, com respeito às dificuldades e à dignidade humana.

“Nós vemos aqui no Ministério Público a importância dessa instituição, que se tornou a principal porta de entrada de representações e denúncias” afirmou a vice-corregedora-geral do MPSP, Liliana Mercadante Mortari.

Edson Vismona, presidente do Conselho Deliberativo da ABO Nacional, relembrou a criação da associação, em 1995, e de “como era necessário fortalecer, nas instituições, um canal direto de representação com os cidadãos”. Ele traçou também um histórico sobre a institucionalização e consolidação da ouvidoria nacionalmente. 

O primeiro painel ficou a cargo de Maria Lumena Balaben Sampaio, presidente da ABO seção São Paulo, com o tema “Felicidade e bem-estar nas Organizações” e moderado por Nonaka. Quebrando o protocolo, a palestrante convidou ainda a integrar a mesa o ouvidor eleito do MPSP, o procurador de Justiça Tiago Zarif. “A ouvidoria é um sensor acurado do bem-estar de uma organização”, apontou Maria Lumena após abordar questões como saúde mental, felicidade e o impacto profissional nas instituições.

“Segurança Psicológica como ferramenta de prevenção aos assédios” foi o tema da segunda palestra, apresentada por Denise de Godoi, ouvidora do Grupo Paschoalotto, mediada por Adriana. Denise fez apontamentos sobre os quatro aspectos da segurança psicológica (segurança em se expressar, interagir, aprender e pertencer) e a cultura organizacional.

A última palestra do dia, “Conflitos e Assédios: como distingui-los?”, ficou a cargo da coordenadora da Ouvidoria das Mulheres do MPSP, Silvia Chakian, com mediação de Vismona. A promotora de Justiça apresentou índices e estatísticas da situação das mulheres no trabalho, ressaltando a ideia de que a construção da inferioridade e subalternidade feminina é histórica, construção essa que foi institucionalizada ao longo do tempo, tendo como grande marco de mudança de paradigma a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ainda em sua explanação, Silvia apresentou definições de assédio moral e assédio sexual, e falou como a Ouvidoria pode atuar em relação ao acolhimento desses casos, respeitando, entendendo e preservando a intimidade da vítima. Ela ainda citou pontos como as dificuldades enfrentadas pelas próprias mulheres enfrentam ao denunciar, a subnotificação de casos e a revitimização.“Onde há desigualdade, há terreno propício para a violência”, apontou.

“Eu vejo a Ouvidoria como aquela porta que mostra para a administração superior: 'olha, a sociedade está pedindo socorro'. E a administração precisa ser sensível a esse tipo de pedido”, disse, ao final do evento, o diretor da Escola Superior MPSP, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.

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