GAECO denuncia 21 por ligação com rede de exploração sexual na cracolândia

Acusadas de fazer parte do chamado núcleo dos hotéis no ecossistema de atividades ilícitas controlado pelo PCC na região central de São Paulo, 21 pessoas foram denunciadas, nesta quarta-feira (11/9), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Entre os crimes a elas imputados estão organização criminosa, exploração da prostituição, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico de entorpecentes.

Os promotores de Justiça pediram ainda a concessão de medida cautelar bloqueando as contas e suspendendo a atividade econômica praticada em 18 imóveis, incluindo hotéis, pensões, hospedarias e cortiços. Para o GAECO, a condenação deve incluir o perdimento dessas construções em favor do Estado de São Paulo.

Em um dos estabelecimentos, buscas realizadas no âmbito da Operação Salus et Dignitas verificaram a exploração sexual de garotas, levando à apreensão de cadernos contábeis, máquinas de cartão, documentos, cartões bancários e um sistema para controle de ponto. Havia o comércio interno de artigos sexuais e bebidas alcoólicas, com a presença de jovens aparentando pouca idade fazendo uso de drogas.

Segundo a denúncia, criminosos têm agido na cracolândia e imediações de maneira estratégica, similar aos agentes econômicos em mercados lícitos. "Ao garantir o controle de um território específico, elas conseguem maximizar seus lucros através de atividades ilícitas diversificadas, ao mesmo tempo em que enfrentam e superam diversas restrições que limitam sua expansão", diz o documento.