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Tutela Coletiva e Cível

Gecradi denuncia dono de salão de beleza que discriminou negros e homossexuais

Em áudios, ele afirmou que não contrataria pessoas com base na cor da pele

O Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi) denunciou nesta quinta-feira (30/3) o dono de um salão de beleza situado em Perdizes, capital paulista, por injúria e por discriminação. Em áudios enviados por WhatsApp, ele afirmou não contratar "preto" nem "veado".

A promotora de Justiça Maria Fernanda Balsalobre Pinto narra nos autos que o homem sublocou uma cadeira em seu estabelecimento para que outro cabeleireiro trabalhasse, o que aconteceu por cerca de dez meses. Em janeiro de 2023, o profissional que estava atendendo no local realizou teste com uma mulher interessada em atuar como sua assistente. O dono do salão, porém, estava presente e "lançou contra ela olhares de desprezo e desdém, o que a deixou constrangida", fazendo com que a vítima desistisse do posto de trabalho. 

Ao tomar conhecimento da desistência da mulher em ocupar a vaga, o cabeleireiro entrou em contato com o dono do salão "expressando inconformismo". Em resposta, ele recebeu áudios nos quais o dono do estabelecimento fez comentários negativos em relação a pessoas negras, gordas e com determinada posição política, afirmando que não as contrataria. Ele ainda afirmou não contratar homossexuais, usando termos pejorativos para se referir a eles. 

Além de oferecer denúncia, o Gecradi pediu o reconhecimento do dano moral coletivo e a fixação de indenização à coletividade e à vítima.