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Friday , 25 de october de 2013

"Não ver o tempo passar é sinônimo de viver bem"

Evento debate os desafios do envelhecimento ativo
Evento debate os desafios do envelhecimento ativo



Nesta sexta-feira, 25/10, evento realizado pela Escola Superior do Ministério Público contou com as brilhantes exposições do arquiteto Chico Withaker, ativista político e co-fundador do Fórum Social Mundial, e do médico Wilson Jacob Júnior, Professor Titular de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP.

O seminário “Desafios do Envelhecimento Ativo” teve ampla participação do público, formado por assistentes sociais, cuidadores e membros dos conselhos do idoso. As palestras tiveram como foco o enfrentamento da realidade da terceira idade no Brasil e a desconstrução do conceito de “melhoridade”.

Chico Withaker, 82 anos, um exemplo real do envelhecimento ativo, que até hoje se engaja nas lutas sociais como membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz (que lançou a iniciativa popular contra a corrupção eleitoral - lei 9840)  enfatizou que muitos idosos se aposentam ainda com vigor físico, capazes de atuar no mercado de trabalho ou colocar-se a serviço dos outros. “A experiência acumulada por este grupo pode ajudar os cidadãos a estabelecer estratégias para um futuro melhor", afirma. "Seria muito importante que o idoso atuasse nas manifestações, recolhendo assinaturas para a mudança de leis".

Withaker questiona o termo "melhoridade", ao lembrar que a vida do idoso não é fácil, por ser marcada por uma serie de dificuldades, como andar, enxergar, lembrar. No entanto, reforçou a importância dos direitos conquistados nos últimos anos, como gratuidade no transporte público e as prioridades, além da vantagem do tempo livre disponível, já que o idoso não precisa mais lutar para manter um emprego. "Podemos nos dedicar ao ser, não ao ter, trabalhando pela amplitude do ser humano".

Wilson Jacob Júnior falou da importância de não associar a vida do idoso a uma vida maravilhosa, chamada “melhoridade”, mas também de se evitar construir uma visão catastrófica da velhice, que incapacitaria o indivíduo para qualquer atividade. Segundo ele, há vários tipos de idosos, que não podem ser homogeneizados em um único grupo, pois apresentam características bem diferentes no aspecto da atividade. “Alguns, aos 60 anos, apresentam características de dependência que normalmente só ocorrem após os 80”, disse.

O Professor de Geriatria da USP mostrou diversas fotos com idosos de 92 anos com uma aparência atlética e jovial, aparentemente bem mais jovens do que outros entre 62 e 67 anos, que já não levantam da cama.

"O que limita a vida do idoso não é o processo natural do envelhecimento, mas as doenças crônicas e degenerativas que o atingem ao longo da vida", diz o médico, que enfatiza a importância da boa nutrição, da prática de atividades físicas, do controle das doenças crônicas, do suporte social, e do equilíbrio emocional como forma de envelhecer com saúde.

Jacob falou sobre o conceito de daily, fatores que comprometem a redução da vida por dia. "Hoje, os principais motivos para a redução do tempo de vida, são as doenças do humor, dos sentimentos, aquelas que atingem a alma".

Apesar das múltiplas possibilidades de um envelhecimento ativo, o especialista ressalta: "Não é possível envelhecer sem doenças". Segundo Jacob, a partir dos 70 anos, entre 3 e 4 enfermidades atingirão o indivíduos, mas todas elas, com plena possibilidade de tratamento e controle. O médico também desmistificou a existência de drogas medicinais que operam o milagre da “vida eternamente saudável”.

"Não há evidencias de que nenhum remédio ou suplemento vitamínico garanta a saúde perfeita. Remédios existem para tratar doenças".

Sobre as atividades físicas, caminhadas não bastam. São necessárias atividades físicas contínuas para o aumento da flexibilidade e do equilíbrio. Também é fundamental para o idoso uma agenda cheia e um bom relacionamento com os amigos. "Não ver o tempo passar é sinônimo de viver bem", conclui Wilson Jacob.

Segundo as pesquisas apresentadas pelo médico, também está provado que o engajamento com o bem estar coletivo promove um envelhecimento saudável.

Participaram do evento os Promotores de Justiça Mário Coimbra, Cláudia Maria Beré, Luiz Sérgio Catani, Maricelma Rita Meleiro e Valcir Paulo Kobori da área do idoso, as Promotoras Isabella Ripolli Martins e Mônica Lodder de Oliveira Pereira, e o Assessor da ESMP Márcio Augusto Friggi de Carvalho.


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