O Procurador-Geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, fez uma palestra de recepção aos 80 promotores aprovados no 91º Concurso de Ingresso no Ministério Público de São Paulo na qual falou sobre a relevância social da função e os atributos que considera essenciais para os membros da instituição.

A fala do procurador-geral faz parte da programação do Curso de Adaptação oferecido pela Escola Superior do Ministério Público aos novos promotores e foi acompanhada pelo procurador de Justiça Antonio Carlos da Ponte, diretor da ESMP.

Também compuseram a mesa na tarde desta terça-feira (26) o subprocurador de Justiça Jurídico, Nilo Espínola Salgado Filho, o subprocurador de Justiça de Gestão, Sérgio Turra Sobrane, o subprocurador-geral de Justiça de Relações Externas, José Antonio Franco da Silva, o chefe de gabinete da PGJ, Ricardo de Barros Leonel, e o Diretor-Geral do MPSP,  Luiz Henrique Cardoso Dal Poz.

Em sua palestra, o procurador-geral pediu aos novos promotores que valorizem a recente conquista de entrar no MPSP e alertou para a missão funcional que todos terão: receber os cidadãos que baterem à porta das promotorias e resolver o problema deles com a melhor técnica jurídica.

“Quem escolhe o ofício de promotor, orienta sua vida pela retidão e sonha conseguir, manejando algum conhecimento que tenha acumulado, interferir positivamente na vida das pessoas, fazer a diferença”, afirmou.

O procurador-geral também recomendou humildade, equilíbrio e cordialidade aos novos membros do Ministério Público. “Não é possivel ser promotor sem ser cordato, equilibrado e humilde. Não se confunde autoridade com autoritarismo e ser humilde não é ser subserviente, silencioso ou indiferente, e sim equilibrado”.

Márcio Elias Rosa relembrou um episódio do início de sua carreira, no município de Eldorado, no qual foi cumprimentado por um senhor de idade, que tirou o chapéu para chamá-lo de doutor. “Aquele senhor saudou e reverenciou o cargo de promotor de Justiça e não a pessoa Márcio Elias Rosa. Não podemos perder isso de vista”, afirmou.

O procurador-geral também recordou um episódio marcante de sua gestão, em 2013, quando as manifestações de junho daquele ano tomaram as ruas da principais capitais do país para pedir, entre outras coisas, a derrubada da PEC 37 --que propunha a limitação das prerrogativas de investigação do Ministério Público.

“Aquele povo não foi para a rua para dizer que somos os melhores do mundo. Eles foram para dizer: ‘atuem, investiguem, sejam mais fortes!’. Se a PEC tivesses sido aprovada, seria um outro país, não esse que estamos prestes a viver”, afirmou o procurador-geral após relatar os esforços do MPSP para que a Proposta de Emenda Constitucional  não avançasse no Congresso Nacional.

O Curso de Adaptação teve início nesta terça-feira e se estenderá até o dia 26 de fevereiro, com exposições e atividades que darão aos novos promotores uma visão abrangente da instituição e da função que passarão a exercer.