'A letalidade não é desejável', diz PGJ à TV Globo sobre Operação Escudo
'A letalidade não é desejável', diz PGJ à TV Globo sobre Operação Escudo
Reportagem foi veiculada nesta terça-feira
"A letalidade não é desejável. Temos que trabalhar sempre para que o número de mortes seja cada vez menor". Essa foi uma das declarações do procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, à TV Globo em reportagem veiculada na noite desta terça-feira (15/8) sobre a Operação Escudo, deflagrada pela Polícia Militar logo depois do assassinato do soldado Patrick Bastos Reis no fim do mês passado, no Guarujá. No último dia 8, o MPSP denunciou três homens pelo homicídio do militar. Eles também devem responder pela prática de tentativa de homicídio contra três outros agentes na direção de quem dispararam durante a incursão da Polícia Militar na área, assim como por crimes relacionados ao tráfico de drogas.
De acordo com o PGJ, chama atenção do Ministério Público o fato de, numa operação desta envergadura, haver um "número muito pequeno de câmeras corporais nos policiais". A força-tarefa instituída pelo PGJ para apurar os fatos relativos à operação recebeu imagens dos equipamentos dos PMs em seis das 15 ocorrências nas quais ocorreram as 16 mortes (num dos eventos houve dois óbitos). São cerca de 50 horas de gravações. Os promotores também já receberam 12 laudos cadavéricos produzidos pelo Instituto Médico Legal. Agora, esse material será cotejado com a versão dos policiais militares e também com depoimentos de testemunhas.
Em entrevista concedida nesta segunda-feira à Globonews, Sarrubbo havia dito que "com ou sem câmera" tudo será investigado. "Dezesseis mortes não é o que desejamos", declarou na conversa com os jornalistas Julia Duailib e Otávio Guedes. No dia 1º de agosto, desta vez em entrevista à Rádio CBN, o PGJ tinha classificado como "um fato grave" os desdobramentos da operação. "A melhor ocorrência policial é aquela em que o criminoso é preso", afirmou o PGJ na conversa com a jornalista Débora Freitas, âncora do CBN São Paulo.