MPSP recorre para aumentar pena em caso de morte de criança de 11 anos no Guarujá
MPSP recorre para aumentar pena em caso de morte de criança de 11 anos no Guarujá
Mãe e padrasto da vítima foram sentenciados por crimes
O MPSP recorreu da sentença prolatada em 23 de novembro pelo Tribunal do Júri no Guarujá condenando uma mulher e um homem por torturas praticadas contra uma criança de 11 anos, filha da ré. A menina morreu em consequência dos espancamentos, levando a mulher a receber pena total de 18 anos de prisão (16 anos pelo homicídio e 2 anos pelas torturas). Já o réu, padrasto da vítima, foi condenado a 2 anos e 4 meses de reclusão em regime aberto por infração à Lei 9455/97, que trata do crime de tortura. O objetivo do recurso, que questiona 30 pontos da sentença, é elevar a pena da ré a cerca de 50 anos.
Segundo denúncia, o casal submeteu a menina a diversas e frequentes agressões físicas como forma de vingança e castigo diante de comportamentos indesejados. As torturas incluíam vendar e amordaçar a vítima, assim como desferir socos no rosto e chutes na costela. Caída, a criança costumava ser pisada no pescoço.
No dia 24 de agosto de 2021, a ré iniciou mais uma sessão de tortura, levando a criança à morte. Após a consumação do homicídio, a mulher deixou o corpo da filha em casa e passou a vagar pelas ruas da cidade.
O Plenário do Júri reconheceu que o homicídio foi praticado com três qualificadoras: motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa.