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Tuesday , 02 de march de 2021

Gaeco deflagra Operação Quimera mirando na nova droga K4

Setenta policiais militares dão apoio ao MPSP em São José do Rio Preto
Setenta policiais militares dão apoio ao MPSP em São José do Rio Preto

Nesta terça-feira (2/3) promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), servidores do Ministério Público e 70 policiais militares (9º BAEP – CPI5 -São José do Rio Preto), com o emprego de 21 viaturas, deflagraram a Operação Quimera para cumprir sete mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal de São José do Rio Preto.

 

As investigações objetivam combater a produção e comercialização de droga denominada “K4”. Recentemente, esse entorpecente passou a ser comercializado de forma ampla no interior dos estabelecimentos prisionais, tendo em vista sua lucratividade e facilidade de ingresso. Registrou-se aumento de  600% de "K4" no último ano. Trata-se de droga com elevado poder de provocar dependência química e responsável por danos severos à saúde. Os “Canabinoides Sintéticos” foram criados na década de 80 para fins medicinais, encontrando evolução na década de 90, nos EUA, país que passou a enfrentar uma epidemia decorrente do uso de maconha sintética, denominada K2 – Spice, inclusive no interior dos estabelecimentos prisionais, com notórias demonstrações do chamado “efeito zumbi”.

 

Como uma evolução da K2, a K4 brasileira não se restringe somente ao “Canabinoide Sintético”, podendo conter outras substâncias proibidas, dentre elas o MDMA. Quando impregnada com “Canabinoide Sintético”, pode chegar a apresentar mais de 100 vezes os efeitos  em comparação com a forma “natural”. Outra diferença é que, ao contrário do emprego da solução líquida em “ervas” como ocorre com a K2, a K4 se vale de inédita apresentação em selo (divisão por micropontos).

 

As investigações desvendaram atuação de organização criminosa, inclusive com participação de detento custodiado em Presidente Bernardes, voltada à prática de crimes graves, especialmente o tráfico de K4. Descobriu-se, inicialmente, a aquisição de insumos, fabricação e distribuição da “K4”, confeccionada com “Canabinoide Sintético” ou MDMA, bem como suas formas de consumo. Sabe-se, igualmente, que a organização criminosa PCC é responsável por boa parte do tráfico da droga, cuja comercialização se apresenta como um dos maiores riscos atuais à segurança e saúde públicas.

 

Apura-se, igualmente, os reflexos financeiros do tráfico de “K4”, com conhecimento de que rende à facção criminosa, para além de outros produtores, mais de R$ 1 milhão por mês, valor que é revertido para o financiamento de outros crimes graves, inclusive contra a vida e os que atentam contra o Estado Democrático de Direito. Durante as diligências, foram apreendidas grande quantidade de cocaína, armas de fogo, munições, folhas de k4, bem como insumos utilizados para sua produção.

 

Imagens da operação podem ser acessadas aqui.


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