O Ministério Público de São Paulo obteve, na madrugada desta sexta-feira (24/4), a condenação, pelo Plenário do Júri, de Fabiano Ferreira Secundo à pena de 26 anos de prisão pela morte do casal Kátia Carolina de Carvalho e Rodolfo Rodrigues Cabral. Os crimes aconteceram em 2010, em São José dos Campos. O caso ficou conhecido como “crime do lago”.
De acordo com a denúncia oferecida pelo MP, os crimes foram cometidos porque Fabiano, que trabalhava como vigilante, não se conformou com o término do namoro com Kátia de Carvalho. A moça rompeu o relacionamento por medo de Fabiano, que se mostrava excessivamente ciumento e sempre andava armado, e havia iniciado namoro com Rodolfo Cabral, o que aumentou a irritação do vigilante.
Na noite dos crimes, Fabiano seguiu o casal que tinha saído para comemorar o Dia dos Namorados, até surpreendê-lo próximo a um lago no bairro Santa Julia, onde Kátia foi atingida com um tiro no rosto e Rodolfo, com um tiro na nuca.
Durante o julgamento, que durou cerca de 16 horas, houve manifestação de representantes de grupos de defesa da mulher em frente ao Fórum de São José dos Campos. Fabiano Ferreira Secundo foi condenado por um júri formado por sete homens que entenderam que os crimes foram praticados por motivo fútil. Ele deverá cumprir a pena em regime fechado, mas poderá recorrer da sentença em liberdade.
Atuou no Plenário do Júri a Promotora de Justiça designada Maria Gabriela Prado Manssur. Atuaram como assistentes de acusação, as Defensoras Públicas Thais Helena Costa Nader e Ana Paula de Oliveira Castro, do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher. O julgamento foi presidido pela Juíza Beatriz Afonso Pascoal Queiroz, da Vara do Júri de São José dos Campos.