O Procurador-Geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, Promotores de Justiça, gestores do Parque Ecológico do Tietê e membros da Agência Pick-upau no plantio realizado sábado
O Ministério Público de São Paulo realizou, no sábado (13/6), o plantio de 50 mudas nativas no Parque Ecológico do Tietê, na capital. O plantio faz parte do Projeto “Pegada Ecológica”, realizado em conjunto com a Agência Ambiental Pick-upau, com o objetivo de neutralizar a emissão de gases de efeito estufa resultantes das atividades exercidas pelo MP-SP.
Foram plantadas mudas de mais de 20 espécies de árvores, entre elas aroeira salsa, saboneteira, araçá roxo, castanha do Pará, mutambo, goiaba, tamboril, cassaia, anatigum, ipê roxo, guanandi, aroeira pimenteira, ipê rosa, sibipiruna, capixingui e oraticum de paca.
A iniciativa faz parte do Projeto Florestar, criado em novembro de 2012 com o objetivo de estabelecer uma programação de trabalho do Ministério Público, nas áreas de Urbanismo e Meio Ambiente, para o desenvolvimento de ações e estudos referentes à proteção florestal e da biodiversidade após as alterações legislativas, em especial o novo Código Florestal.
Por meio de um Termo de Cooperação Técnico firmado em janeiro de 2014, os auditores da Agência Ambiental Pick-upau elaboraram um Inventário e Laudo Técnico para Neutralização de Gases de Efeito Estufa (GEE). O relatório consiste no levantamento das emissões provenientes das atividades antrópicas, ou seja, a ação do homem sobre o habitat e as modificações dela resultantes, exercidas pelo MP-SP a cada ano, a partir de 2012, para, posteriormente, neutralizá-las por meio do plantio de mudas nativas.
O cálculo é feito considerando a frota de veículos automotivos, a energia elétrica consumida, o consumo de papel e outros a cada ano. As mudas nativas estão sendo plantadas pelos Membros e servidores do MP desde o ano passado. Em 2015 foram 2.215 mudas, plantadas nos Parques Estaduais Xixová-Japuí, Juquery, Cantareira, Serra do Mar, Rio do Peixe e Campina do Encantado, na Mata de Santa Genebra (Campinas), no Parque Nascentes do Tietê, na Floresta Estadual de Assis, na Floresta Navarro de Andrade (Piracicaba) e na terra indígena Tenonde Porã. Este ano, outras 4.062 mudas serão cultivadas. Os plantios são coordenados pelos núcleos do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA) em todo o Estado.
O Procurador-Geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, repetindo o que já havia feito no ano passado, participou do plantio deste sábado. “O Ministério Público demonstra, com essa iniciativa, que todos somos responsáveis pela compensação ambiental”, afirmou o Procurador-Geral. “Esta é também uma forma de educação ambiental, uma maneira de estimularmos a conscientização, mostrando que é possível realizar a compensação pela degradação causada no dia a dia do trabalho da instituição, com uma ação simples e sem custos”, complementou.
Por sugestão do Procurador-Geral de Justiça, o MP, a Agência Ambiental Pick-upau e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão do governo estadual responsável pelo Parque Ecológico do Tietê, estabelecerão um calendário para que o plantio de mudas nativas no parque seja repetido todos os anos e a expectativa é a de que seja criado um “Bosque do MP” no interior do Parque Ecológico.
Participaram do plantio os Promotores de Justiça Luis Fernando Rocha, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Meio Ambiente, Tatiana Barreto Serra e Luís Felipe Tegon Cerqueira Leite, assessores do CAO, e Jaime Meira do Nascimento Junior, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio ambiente (GAEMA) – Núcleo Vale do Paraíba; a Diretoria Executiva da Fundação Florestal, Lídia Helena Ferreira da Cosa Passos; o Diretor do Parque Ecológico do Tietê, Edson Aparecido Cândido; a Presidente da Pick-upau, Andrea Nascimento, o CEO da organização, Julio Andrade, e a bióloga da Pick-upau Viviane Rodrigues Reis.