A Promotoria de Itapira, juntamente com a Corregedoria da Polícia Civil, cumpriu nesta quarta-feira (9/11) mandados judiciais que resultaram na apreensão de caixas de inquéritos e drogas nas residências de duas servidoras da prefeitura que atuavam como escrivãs na delegacia da cidade. A ação, comandada pelos promotores de Justiça Rodrigo Lopes e Carlos Eduardo Devos de Melo, foi deflagrada por conta de denúncias que chegaram ao conhecimento do Ministério Público acerca de uma movimentação que estava ocorrendo para evitar que os promotores constatassem irregularidades na delegacia, cuja inspeção estava marcada para esta quarta. A Corregedoria também esteve nas dependências da delegacia, onde apreendeu grande quantidade de drogas.
Anteriormente, a Promotoria já havia feito uma representação junto à Secretaria de Estado da Segurança, num total de 13 volumes, pedindo providências contra uma série de irregularidades na delegacia. Por conta disso, o delgado seccional fez uma correição extraordinária no distrito de Itapira. Um inquérito por improbidade administrativa também já tinha sido instaurado. Neste procedimento, o delegado titular e o assistente são investigados pelo MPSP.
De acordo com o que foi apurado até agora, a delegacia tem um grande número de inquérito parados, alguns há 2 ou 3 anos, drogas apreendidas sem vínculo aparente com inquéritos e até mesmo dinheiro apreendido em operações policiais que não é devidamente depositado.