O prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira Lopes Cruz, foi preso nesta sexta-feira (25/11) pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas, em cumprimento à determinação judicial proferida na véspera pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
O desembargador Mauricio Henrique Guimarães Pereira Filho, relator da sessão de julgamento no Tribunal de Justiça, acolheu o pedido de prisão preventiva do Ministério Público, apresentado na ocasião em que a Procuradoria-Geral de Justiça, que tem a prerrogativa de processar criminalmente os prefeitos, ofereceu nova denúncia contra Cruz. O procedimento investigatório que corre na Assessoria Jurídica de Crimes de Prefeito da Procuradoria-Geral de Justiça embasou a denúncia contra Cruz e o secretário da Administração de Indaiatuba, Núncio Lobo da Costa, pelo crime de concussão.
Em setembro, o Gaeco de Campinas havia realizado uma operação de cumprimento de mandados de busca e apreensão em Indaiatuba, dentro da investigação sobre fraudes em desapropriações de imóveis pela prefeitura local. Os seis mandados foram cumpridos em empresas da cidade e também na residência de alguns empresários. Entre o material apreendido, estavam cédulas de dólar, euro e libra, além de contratos e notas fiscais.
O escândalo das desapropriações em Indaiatuba ganhou repercussão quando, no ano passado, o Ministério Público apreendeu o equivalente a cerca de R$ 1,5 milhão em cédulas de moedas nacional e internacionais na casa de Cruz. Na ocasião, outros R$ 400 mil foram localizados na própria prefeitura. O prefeito chegou a ser detido, assim como seu pai, Leôncio Lopes Cruz, e empresários locais.