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Friday , 20 de january de 2017

Promotoria instaura inquérito para apurar desvinculação de recursos na gestão Haddad

Expediente teria socorrido caixa da Prefeitura de São Paulo
Expediente teria socorrido caixa da Prefeitura de São Paulo

Nesta sexta-feira (20/1), a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da capital instaurou inquérito civil para apurar notícia sobre a desvinculação de recursos que teria sido praticada pela gestão de Fernando Haddad à frente da Prefeitura de São Paulo. Reportagem sobre o assunto foi veiculada pelo jornal “O Estado de São Paulo” em dezembro de 2016. Segundo a reportagem, o então prefeito, por intermédio da edição de decreto, desvinculou aproximadamente R$ 315 milhões de fundos municipais e de contas abastecidas com a venda de títulos imobiliários para “socorrer” o caixa geral da Prefeitura e “fechar o ano no azul”.

Assinada pelo promotor de Justiça Otávio Ferreira Garcia, a portaria de instauração do inquérito afirma que foram observadas autorizações para transferências referentes à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, e álcool etílico combustível (Cide), aos alvarás de táxis pretos e às operações urbanas consorciadas - projetos de revitalização de território que determinam que recursos obtidos com a venda de títulos imobiliários devem ser investidos na área afetada. 

Já o dispositivo constitucional sobre o assunto “autoriza a desvinculação das receitas dos municípios relativas a impostos, taxas, e multas somente de órgãos, fundos ou despesas, com exceção, dentre outros, nos casos de transferências obrigatórias e voluntárias entre entes da Federação com destinação especificada em lei (como no caso da CIDE)”, frisa a portaria.


Para o MPSP, as circunstâncias exigem a coleta de outras informações para orientar a eventual tomada de providências legais e pertinentes.

Entre outras determinações, a Promotoria estabelece que o atual secretário municipal da Fazenda tem o prazo de dez dias para informar se efetivamente foram transferidos valores de operações urbanas consorciadas, da Cide e de alvarás de táxis pretos a qualquer conta do município de São Paulo, apontando eventuais datas e montantes. 


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