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Monday , 26 de june de 2017

Lançada música vencedora de concurso pela igualdade de gênero

Iniciativa foi parceria entre MPSP e Secretaria de Estado da Educação
Iniciativa foi parceria entre MPSP e Secretaria de Estado da Educação

Lançamento da música vencedora do Vozes pela Igualdade


O fim do preconceito e da violência de gênero, e a luta pela liberdade das mulheres estão nos versos da música Primeiro Passovencedora do Concurso de Música Vozes Pela Igualdade de Gênero, realizado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. A cerimônia de lançamento ocorreu nesta segunda-feira (26/6), na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores – EFAP, e contou com um pocket show da cantora Kell Smith, do sucesso "Respeita as Mina", que também criou e cantou o refrão da nova canção. A primeira colocada do concurso foi gravada pelo produtor Rick Bonadio, da Midas Music e jurado do programa XFactor.

“E elas lutam, lutam de verdade, cansaram de tudo isso, e agora buscam liberdade” canta o estudante Nathan Pereira da Silva, da Escola Estadual Deputado Silva Prado, vencedor do concurso. Em "Primeiro Passo" ele faz um convite aos homens na luta pelos direitos das mulheres: “Você não precisa ser mulher para aderir à causa”.

“A criação de uma canção com esse viés se traduz em uma bandeira da sociedade brasileira, em um símbolo de empoderamento, sensibilidade e educação, em que a arte pode sim contribuir para a diminuição da desigualdade de gênero”, destacou no evento a promotora de Justiça Fabiola Sucasas, uma das idealizadoras do projeto. Para o secretário da Educação, José Renato Nalini, inspirar é um dos importantes papeis da educação e parabenizou o protagonismo do Ministério Público no projeto. “Fico feliz em ver promotoras de Justiça se aproximando da sociedade por meio da educação”. O diretor de marketing da Midas Music, Helio Leite, agradeceu pela parceria e motivou alunos e professores a continuarem dando voz a nova geração. “Espero que a gente continue fazendo mais ações para levar músicas melhores para nossa população”.  

No evento, também foi lançado o documentário Vozes Pela Igualdade de Gênero – Primeiro Passo, realizado pelo MPSP, que mostra os bastidores da produção da música e fala sobre a importância do concurso como ferramenta de enfrentamento da violência contra a mulher.

Para Nathan, infelizmente o machismo virou comum na sociedade e ele conta que utiliza a música como um instrumento de transformação coletiva. “Eu uso o rap para mostrar o que está errado, para contestar e tentar fazer a sua mensagem ser ouvida. Eu escrevo sobre o que precisa ser mudado, e esse era um dos principais temas”. Sobre o fato de ser um homem falando do tema, Nathan mais uma vez provoca outros homens. “Todo mundo tem uma mulher na família, todo mundo não gostaria de vê-la sofrendo desta maneira”.

Além de Nathan, o documentário tem entrevistas com a cantora Kell Smith, com as promotoras de Justiça Fabíola Sucasas, Valéria Sacarance e Silvia Chakian, idealizadoras do projeto pelo MPSP; com Thiago Sabatine, coordenador do projeto pela SEE e com a professora Cristiane Macário de Lima, orientadora do Nathan; com o produtor Rick Bonadio; e com os músicos Hélio Leite, diretor de marketing da Midas Music e Renato Patriarca, produtor da Midas.

O concurso
Para falar sobre enfrentamento à violência e respeito à mulher com jovens e adultos de forma lúdica, o MPSP e a Secretaria de Estado da Educação realizaram o Concurso de Música – Vozes pela Igualdade de Gênero que envolveu estudantes das 13 Diretorias de Ensino da capital.

O concurso foi lançado no dia 6 de outubro de 2016. Puderam participar do concurso alunas e alunos das escolas estaduais da capital, regularmente matriculados e frequentes no ensino médio de curso regular ou da Educação de Jovens e Adultos (EJA), por meio da adesão da escola. No caso das inscrições em grupo, era obrigatória a participação de integrante do gênero feminino.

Para ampliar a mobilização, os grêmios estudantis das escolas e os coordenadores pedagógicos receberam uma tarde de formação à distância, por meio de videoconferência transmitida pela Rede do Saber, com promotoras de Justiça do Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) e do Núcleo de Gênero, ambos do MPSP, e de educadores da Secretaria da Educação sobre o que é gênero; o que é violência de gênero, uma reflexão sobre os 10 anos da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006); mapeamento das políticas públicas para as mulheres vítimas de violência; além de dicas e mobilização para o concurso.

Para se aproximar ainda mais das escolas, que participaram da formação à distância, as promotoras de Justiça e o Núcleo de Inclusão Educacional da Secretaria de Estado da Educação visitaram quatro escolas para um bate-papo sobre igualdade de gênero, envolvendo cerca de 2.000 alunos, um momento de aprofundar o debate e ouvir os estudantes sobre as suas perspectivas em relação à violência contra a mulher na sociedade brasileira.

Foto: 
Mastrangelo Reino/A2IMG

  


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