Após denúncia oferecida pela Promotoria de Justiça de Rosana no âmbito da segunda fase da Operação Judas Iscariotes, a Justiça converteu em temporárias as prisões preventivas de cinco envolvidos com o tráfico de drogas naquela região do Estado. São atingidos pela medida Anderson Aparecido da Silva, conhecido como "Nenê"ou "Olhos Verdes"; José Pires, Norivaldo de Oliveira Junior, vulgo "Cabeça" ou "Cabeção"; Marcelo dos Santos Teixeira e Weslei Amaral Jacubovski. Para deferir o pedido de conversão das prisões apresentado junto à denúncia pelo promotor de Justiça Renato Queiroz de Lima, o Judiciário considerou o resultado de diligências como interceptações telefônicas.
De acordo com a Promotoria, os cinco presos e mais seis pessoas, durante os anos de 2016 e 2017, compraram, venderam, e mantiveram em depósito substâncias ilícitas para fins de consumo de terceiros, "sendo certo que tais entorpecentes eram trazidos para esta cidade de Rosana pelos acusados, e por outras pessoas ainda não identificadas, de outros estados da Federação (Paraná e Mato Grosso do Sul), o que caracteriza o tráfico de drogas interestadual, bem como que a prática dos delitos envolvia adolescentes (...)". Os crimes envolviam ainda o uso de armas de fogo.
A Operação Judas Iscariotes foi iniciada depois de a Promotoria de Justiça de Rosana receber uma representação de cidadão dando conta de diversas pessoas que estão envolvidas com o tráfico de drogas no município. Diante da veracidade das alegações trazidas pelo representante, bem como dos elementos concretos de conhecimento da Promotoria, o membro do MPSP decidiu realizar oitivas de policiais militares da cidade, de sua confiança, em razão de estarem mais próximos da população e terem ciência de quem são os traficantes de drogas da cidade.
Durante a primeira fase da operação, em setembro de 2017, 19 adultos foram presos em flagrante e dois adolescentes apreendidos. Na ocasião, foram apreendidos entorpecentes (70 porções de crack e de maconha), celulares, rádios comunicadores e cumpridos 30 mandados de busca, tanto em Rosana como no distrito de Porto Primavera, sendo um na casa e no escritório de um advogado. A Polícia Civil apura a ligação do grupo com outras organizações criminosas.
O nome da operação deve-se ao fato de que um dos envolvidos nos crimes virou evangélico e decidiu delatar os antigos companheiros.