"Pioneiro e inovador". Assim o Procurador-Geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, definiu o trabalho dos promotores de Justiça da região de Presidente Prudente do Núcleo de Atuação Integrada (NAI), após conhecer os números alcançados pela força-tarefa composta pelo Ministério Público, pela Polícia Civil e pelo Tribunal de Contas do Estado. "É um modelo de atuação que vou levar para o CNPG", disse Smanio, em reunião no Deinter 8 nesta terça-feira (20/2).
Smanio preside, desde segunda-feira, a comissão instituída pelo Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais que formulará propostas na área de combate à criminalidade. Ele também integra a comissão instaurada pelo deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, que prepara sugestões para alterar a legislação a fim de tornar o combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas e ao tráfico de armas mais efetivo no país.
Formado pelos promotores Fabíola Castilho Soffner, André Luis Felício, Gustavo Tamaoki e Marcelo da Silva Martins Pinto Gonçalves, o NAI vem apresentando resultados auspiciosos. Em janeiro, a deflagração da Operação Tríade, na Câmara Municipal de Sandovalina, interrompeu uma série de ilícitos praticados por indivíduos que tinham ligação com o grupo apanhado pela Operação Tanque Cheio, que desviava recursos do Executivo. Resumidamente, a sangria dos cofres públicos ocorria por intermédio de um esquema de fraudes no abastecimento da frota oficial da cidade.
A movimentação nesta rubrica era absolutamente incompatível com o Orçamento do município, gerando recursos para os políticos que pretendiam se manter no poder. "Esse entrosamento entre as instituições eu nunca vi igual", assinalou Felício. "Quero agradecer a confiança do senhor em nós depositada", completou, numa referência à edição pelo PGJ do ato normativo que possibilitou a formação dos NAIs e também às designações para a força-tarefa de Presidente Prudente.
"Um promotor sozinho não conseguiria", afirmou Gonçalves, para quem a integração permite que se faça em um ano o que seria feito em três pela via tradicional. De acordo com ele, a procuradora de Justiça Rita de Cássia Bérgamo também faz parte do NAI e pode ser acionada de pronto caso a força-tarefa se depare com algum ilícito praticado por detentor de foro. Gonçalves destacou ainda o papel da secretária de Integração da PGJ, Lídia Helena dos Passos, e o apoio do procurador Mário Tebet, do setor de Crimes de Prefeitos.
Mais fotos do encontro entre Smanio e promotores de Justiça do NAI de Presidente Prudente podem ser vistas aqui.