Denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, foi condenado mais uma vez pela Justiça, agora em decorrência da Operação Ethos, deflagrada em 2016 pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Apontado como líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Camacho foi sentenciado a 30 anos de prisão por integrar e liderar organização criminosa armada, além de cometerem o crime de corrupção ativa. A Operação Ethos demonstrou que o PCC montou um núcleo jurídico formado por advogados e que cooptou Luiz Carlos dos Santos, então integrante do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). A sentença é da última quarta-feira (21/2).

Também foi condenado a 30 anos, pelos mesmos crimes, Cleber Marcelino Dias dos Santos, o Clebinho, integrante da Sintonia Fina Geral, como é chamado o alto comando da organização criminosa. 

Pela decisão de Justiça, tanto Camacho quanto Dias dos Santos deverão aguardar presos os julgamentos dos recursos. "As circunstâncias judiciais foram desfavoráveis aos réus que integraram organização criminosa notoriamente perigosa, que faz uso intenso de armas, causando pânico em todo o país, fazendo do narcotráfico sua fonte de renda, além de roubos com emprego de armamento pesado”, diz a sentença. 

Na mesma data foram condenados ainda Paulo Roberto Penha (12 anos e três meses de reclusão), Marcos Paulo Ferreira Lustosa (30 anos de reclusão, mais multa), Daniel Vinicius Canônico (30 anos de reclusão, mais multa), Paulo Cezar Souza Nascimento Junior (30 anos de reclusão, mais multa), Paulo Felipe Esteban Gonzalez (14 anos de reclusão) e Paulo Pedro da Silva (30 anos de reclusão, mais multa).