espaço

Friday , 15 de june de 2018

Em Andradina, promotora de Justiça obtém condenação de réu por feminicídio

Condenação no Tribunal do Júri rende pena de 16 anos
Condenação no Tribunal do Júri rende pena de 16 anos
A Promotoria de Justiça de Andradina obteve nesta quarta-feira (13/6), a condenação de Everton Ferreira Alencar. Ele foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri. O réu terá de cumprir pena de 16 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pelo homicídio qualificado da ex-companheira por motivo torpe e envolvendo violência doméstica e familiar.
 
No dia 8 de setembro de 2015, durante a madrugada, na residência do casal, bairro Leão I, cidade de Castilho, ele matou a esposa com  um golpe de faca causando a morte dela. O casal vivia em união estável há cerca de três anos, porém o relacionamento era conturbado em razão do comportamento agressivo dele. Nessa noite, após retornar de um bar, ele surpreendeu a mulher, que estava deitada em um colchão. Ele estava acompanhado de um primo dela que tentou evitar que o réu agredisse a vítima. Mas ele continuou a agredi-la, puxando-a pelos cabelos e a jogando ao solo.
 
Tanto Alencar quanto a vítima foram para fora da residência, momento em que ele desferiu uma voadora contra a ex-mulher e ainda tentou agredir o primo dela. Na presença de populares ele saiu do local dizendo que voltaria para matá-la. Pouco tempo depois ele voltou e, pelos fundos da residência, surpreendeu a vítima agredindo-a com uma faca e fugiu em seguida. Em razão dos ferimentos ela faleceu no interior da casa. Ele foi denunciado no dia 27 de outubro de 2015.
 
De acordo com a promotora de Justiça Rita de Cassia Sakai, no plenário houve sustentação por parte do MPSP da importância de combater o feminicídio. “Não só do caso concreto, eis que provado que o réu havia matado a companheira, motivado pelo sentimento de posse e de vingança, mas também porque o Brasil é o 5º país com maior taxa de feminicídio no mundo, o que levou a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres, Secretaria de Política para as Mulheres e Secretaria Nacional de Segurança Pública a  elaborar diretrizes nacionais para investigar, processar e julgar com perspectivas de gênero as mortes violentas de mulheres, com o auxílio de promotoras de Justiça, magistradas, defensoras públicas, delegadas de Polícia, peritas, analistas e assessoras, entre outras mulheres. No ano de 2017, no país, foram registrados 946 feminicídios,” ressalta a promotora.


Núcleo de Comunicação Social

Ministério Público do Estado de São Paulo - Rua Riachuelo, 115 – São Paulo (SP)
[email protected] | Tel: (11) 3119-9027 / 9028 / 9031 / 9032 / 9039 / 9040 / 9095
espaço
espaço

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Rua Riachuelo, 115 - São Paulo - CEP 01007-904 - PABX: 11 3119.9000

Horário de Atendimento: das 9h às 19h

Todos os direitos reservados

 
espaço